A alta do dólar frente ao real e os ganhos na Bolsa de Mercadorias de Chicago podem contribuir para uma movimentação mais efetiva na comercialização e para uma recuperação nos preços do cereal.
O mercado brasileiro de milho apresentou preços de estáveis a mais baixos nesta segunda-feira. A queda forte do dólar pressionou as cotações nos portos e houve ajustes em algumas praças ao produtor. Porém, como destaca a SAFRAS Consultoria, a exportação permanece forte, e o mercado vai buscar o alinhamento à paridade de exportação nesse segundo semestre.
A queda nos preços do diesel é um fator favorável e pode baixar o custo do frete. Segue oneroso trazer milho para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 88,00 (compra) a R$ 91,00 (venda) a saca (CIF). No Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 87,00/91,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 82,00/84,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 80,00/83,50 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 84,50/86,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 93,00/95,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 77,00/80,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 77,00/R$ 80,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 73,00/80,00 saca em Rondonópolis.
CHICAGO
- Os contratos com entrega em dezembro de 2022 operam com alta de 3,50 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 0,51% cotada a US$ 6,81 3/4 por bushel.
- O mercado opera no território positivo, avaliando os relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgados ontem sobre as condições das lavouras e andamento da colheita do país.
- O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 18 de setembro, a área colhida estava em 7%. O mercado esperava 10%. Na semana passada, eram 5%. Em igual período do ano passado o número era de 9%. A média para os últimos cinco anos é de 8%.
- O USDA também divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de milho. Segundo o USDA, até 11 de setembro, 52% estavam entre boas e excelentes condições (o mercado esperava 53%), 27% em situação regular e 21% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 53%, 27% e 20%, respectivamente.
- Ontem (20), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 6,78 1/4 por bushel, ganho de 1,00 centavo de dólar, ou 0,14%, em relação ao fechamento anterior. A posição março fechou a sessão a US$ 6,83 1/2 por bushel, alta de 0,50 centavo, ou 0,07% em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
- O dólar comercial registra alta de 0,69% a R$ 5,2000. O Dollar Index registra alta de 0,35%, a 110,11 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
- As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. Xangai, +0,22; Tóquio, +0,44%.
- As principais bolsas na Europa registram índices baixos. Londres, -0,36%. Paris -1,30 % e Frankfurt, -0,91 %.
- O petróleo opera em leve alta. Outubro do WTI em NY: US$ 86,13 o barril (+0,46%).
AGENDA
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- Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.
- Quarta-feira (21/09)
- A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana anterior será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
- EUA: O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) publica sua decisão de política monetária às 15h.
- EUA: O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, realiza coletiva de imprensa após decisão do Fomc às 15h30.
- Definição da taxa Selic, juro básico da economia brasileira – Copom, após às 18h30.
- Quinta-feira (22/09)
- Japão: A decisão de política monetária será publicada à meia-noite pelo Banco do Japão (BoJ).
- Reino Unido: A decisão de política monetária será publicada às 8h pelo Banco da Inglaterra (BoE).
- Eurozona: O Banco Central Europeu (BCE) publica o Boletim Econômico às 5h.
- Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.
- Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
- Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.
- Sexta-feira (23/09)
- Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.
- Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.