Segundo colaboradores do Cepea, com o avanço da colheita, do beneficiamento e da classificação dos lotes, produtores seguiram priorizando o cumprimento dos contratos a termo em detrimento de negócios no spot, influenciados por incertezas quanto à produtividade da safra 2021/22 em algumas regiões. Esses agentes se retraíram do mercado porque a maioria dos contratos foi realizada acima dos valores praticados no spot nacional.
Do lado comprador, parte das indústrias está fora do mercado, preferindo fazer uso de estoque e/ou da matéria-prima contratada, uma vez que algumas fábricas ainda estão trabalhando com capacidade reduzida e/ou com dificuldade de vendas de alguns produtos manufaturados. No acumulado de julho (de 30 de junho a 29 de julho), o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 5,55%. O preço no Brasil ficou, em média, 2,2% inferior à paridade de exportação em julho. A média de julho, de R$ 6,0465/lp ficou 18,32% inferior à do mês passado, mas ainda 10,75% superior à média de um ano atrás (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de junho/22).