A Águia Fertilizantes obteve, nesta terça-feira (1º/11), da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fepam), a licença de instalação (LI) necessária para começar os trabalhos da mina de fosfato em Lavras do Sul, na Campanha Gaúcha. O anúncio da liberação ocorreu durante a primeira edição do Universo Pecuária – Futuro, Negócios e Sustentabilidade, que começou hoje e se estende até domingo em Lavras do Sul. Participaram da solenidade – realizada no Gabinete da Pecuária Sustentável – o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes, a secretária estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffman, o presidente executivo da Águia Fertilizantes, Fernando Tallarico, o prefeito de Lavras do Sul, Sávio Prestes, e o presidente do Sindicato Rural, Francisco Abascal.
O empreendimento, situado em uma área inicial de 13 hectares localizada na região de Três Estradas, no segundo distrito de Lavras do Sul, será a primeira mina de fosfato da Região Sul do Brasil. A construção levará cerca de um ano e a mina terá capacidade de produzir 300 mil toneladas por ano quando estiver funcionando plenamente, o que atende a cerca de 15% a 20% da demanda gaúcha, segundo Tallarico. “Somos o principal exportador de commodities agrícolas para o mundo e, ao mesmo tempo, somos o maior importador de fertilizantes do mundo. Significa uma independência parcial da agricultura gaúcha”, disse o presidente executivo da Águia Fertilizantes.
A empresa, porém, promete dobrar essa produção inicial dentro de oito a dez meses, conforme adiantou o prefeito de Lavras do Sul. “A mina gerará cerca de 150 empregos diretos e 450 indiretos, movimentará a economia e aumentara á a arrecadação do município, de 7,6 mil habitantes”, salientou Prestes.
O projeto Fosfato Três Estradas nasceu a partir da descoberta de rocha fosfática em Lavras do Sul. A Águia Fertilizantes iniciou os trabalhos de pesquisa mineral em 2011. O tempo previsto de vida útil da mina será de 15,5 anos, com possibilidade de ampliação para 22 anos. Após ser extraído na região, o fosfato concentrado será levado por caminhões até Rio Grande (RS), onde será processado em uma planta industrial próxima ao porto. Segundo a empresa, o fosfato produzido abastecerá fundamentalmente o mercado local do sul do País.
Fonte: portaldoagronegocio