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Agronegócio

“Agronegócio é a vitrine do Brasil”, afirma CEO da Frigol em evento do BTG Pactual

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“Agronegócio é a vitrine do Brasil”, afirma CEO da Frigol em evento do BTG Pactual

Um dos principais frigoríficos brasileiros, a Frigol marcou presença na 3ª edição do AgroForum, realizado pelo banco BTG Pactual, na última quinta-feira (29). O CEO da Frigol, Eduardo Miron, participou do painel “Alimentando o Mundo: Brasil no Contexto Global”. O encontro também contou com a presença de Adriano Pires, conselheiro independente da Caramuru e sócio-diretor do CBIE, e a moderação de Daniel Cunha, diretor institucional da Necton. 

“O agronegócio é a vitrine do Brasil e isso deveria ser mais ressaltado. Uso o exemplo da vitrine porque é algo que todo mundo está olhando e tem que ser atrativa.  Temos que trabalhar desde a educação de crianças e jovens para que as pessoas tenham uma visão positiva do agronegócio. Também podemos nos inspirar na China, por exemplo, que a cada cinco anos delimita um plano com uma visão clara de para onde está indo. Para o Brasil, o agronegócio tem que ser definido como o grande programa para o país crescer. Temos que explorar o que somos muito bons. Se unirmos academia, indústria, fornecedores e o governo, vamos conseguir atingir resultados ainda melhores”, analisa. 

O executivo defendeu que as empresas do setor adotem uma postura mais colaborativa para potencializar a força brasileira. Para Eduardo Miron, é preciso acabar com o pensamento de que a sustentabilidade é um fator de competição entre as companhias. Segundo ele, os diversos players devem se unir para atingir o objetivo maior que é possibilitar que o Brasil alimente o mundo. Para isso, é preciso um plano alinhado. 

Miron ainda comentou sobre um dos principais importadores brasileiros, a China. “A China foi uma grande e positiva surpresa dentro do cenário do agro. Em 2019, tivemos um ‘boom’ de fornecimento para lá e nos questionávamos se aquele volume continuaria existindo. Era uma questão de suprir um ambiente que vivia uma crise da gripe suína, mas a carne brasileira caiu no gosto e acabou se transformando em fator de atração”, observa o executivo. “A China tem uma característica única: traz preço, volume e a capacidade de utilização da maioria dos cortes dos animais. Nenhum outro país faz isso. No caso da Frigol, como temos plantas dedicadas à China, vendemos um volume importante para esse país. Hoje, nosso “approach” com a China é cumprir com maior rigor tudo o que eles pedem.  São mais de cem itens para cumprir todos os requisitos do país. A China é uma grande oportunidade e um desafio”.  

O CEO da Frigol destacou ainda que não apenas a China, mas a Ásia como um todo deverá determinar os ritmos das exportações brasileiras e pontuou que a companhia está participando de uma missão internacional com a Apex-Brasil, CNA e o Ministério das Relações Exteriores por Singapura, Indonésia, Filipinas e Malásia, que são mercados promissores. 

Para Miron, o cenário geopolítico atual cria uma grande oportunidade para o Brasil ser protagonista e alimentar o mundo, mas chamou a atenção para a necessidade de olhar também para o mercado nacional. “No Brasil estamos vendo uma diminuição de consumo de carnes e isso é por uma questão de perda de poder de compra. É muito complicado. Temos que encontrar uma saída para desenvolver também o mercado interno”, concluiu

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