A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com apoio da Universidade Estadual de Goiás (UEG), vão realizar de 14 a 18 de agosto, em Pirenópolis (GO), o curso de Atendimento à Notificação de Suspeita de Doença Vesicular. O objetivo é capacitar fiscais estaduais agropecuários – médicos veterinários – sobre os protocolos de atendimento à notificação de suspeita de doença vesicular, que são aquelas doenças com sinais clínicos similares aos da febre aftosa.
Segundo o gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio Leal, a intenção é promover a qualificação, por meio de diferentes pautas ligadas ao tema, permitindo que servidores da Agência possam realizar atendimento no prazo de até 12 horas, após notificação pelos produtores, em caso de suspeita de enfermidade. “É o que denominamos tempo de ação e reação, definido como o tempo hábil desde a notificação até o atendimento pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) e estipulado pelo Mapa”.
Para isso, segundo Antônio, além da parte teórica que será ministrada, ocorrerá um simulado de atendimento em campo, de um caso suspeito, treinando os participantes para a coleta de material e realização de todo o fluxo necessário para uma rápida resposta pela defesa sanitária animal. “A capacitação vai orientar sobre os procedimentos preconizados pelo Ministério da Agricultura para o correto atendimento, fundamentação, coleta, análise laboratorial e assim poderemos ter maior agilidade em nossas ações”, destaca.
PNEFA
Já o diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Augusto Amaral, complementa que é foco também do evento atualizar os profissionais sobre o Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA). O programa tem como objetivo principal “criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira”.
O estado de Goiás faz parte do Bloco IV do PNEFA, que inclui os estados da região Centro-Oeste e DF, além de Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Tocantins. Seguindo os objetivos do programa, Goiás retirou a vacinação contra a febre aftosa neste ano. “Com a retirada da vacina, a nossa ferramenta principal de trabalho é a vigilância ativa e passiva. Dessa forma, o curso pretende contribuir para ampliar esse conhecimento, ou seja, levar informações sobre como realizar os atendimentos em casos suspeitos, o trabalho de vigilância passiva e de atendimento a todas as ações do plano estratégico, que incluem a vigilância baseada em risco”, enfatiza o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Fonte: portaldoagronegocio