Em 2024, a Agritech obteve um desempenho significativamente superior ao do mercado de máquinas agrícolas, que experimentou uma queda de 17,11% nas vendas até novembro. A empresa comemorou um crescimento de 24,5% na comercialização de seus equipamentos e já prevê um aumento de 35% a 40% nas vendas para este ano.
Cesar Roberto Guimarães de Oliveira, coordenador de Vendas e Marketing da Agritech, atribui esse resultado ao foco da empresa no mercado de máquinas agrícolas voltadas para a agricultura familiar, um setor que registrou aumento nos investimentos em maquinário. “Além disso, nossa forte presença no setor cafeeiro, que teve bom desempenho ao longo de 2024 e deve seguir em alta em 2025, e a atuação na olericultura, um nicho que continua aquecido, também contribuíram para nosso crescimento”, destaca Oliveira.
O coordenador observa que a retração do setor afetou principalmente empresas que fabricam equipamentos de grande porte voltados para culturas como a soja, que enfrentaram uma queda nos preços internacionais. No entanto, a Agritech se beneficiou do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que oferece uma linha de crédito de até R$ 50 mil com juros de apenas 2,5% ao ano para a aquisição de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas de pequeno porte. Esse financiamento é compatível com a linha AF 14, lançada pela empresa em setembro de 2024, voltada para famílias que estão iniciando o processo de mecanização de suas lavouras.
“Atualmente, contamos com seis linhas de tratores, com diferentes faixas de potência e versões, desenvolvidas para atender às necessidades dos pequenos produtores”, explica Oliveira.
O Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, em 2023, a taxa de mecanização da agricultura familiar foi de 25%. O governo federal tem como meta aumentar esse índice para 28% até 2026 e para 35% até 2033. A tecnificação, que abrange o uso de tecnologias agrícolas além da mecanização, está presente em 35% dos estabelecimentos da agricultura familiar.
“Estamos diante de um mercado imenso para conquistar. No Rio Grande do Sul, a agricultura familiar já é amplamente tecnificada, e nosso objetivo é expandir a mecanização para todas as regiões do Brasil. Para isso, estamos investindo internamente, com foco em aumentar nossa capacidade de produção e gerar novos empregos, a fim de atender cada vez mais os pequenos produtores e suas famílias”, conclui Oliveira.
Fonte: portaldoagronegocio