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Agronegócio

Acordo do Mar Negro para grãos pode chegar ao fim na próxima semana

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De acordo com um trecho de uma carta, vista pela Reuters, a Rússia disse que “com base na data prevista para o encerramento da iniciativa (18 de maio)” qualquer novo registro de novas embarcações só será “realizado após receber garantias dos armadores para concluir suas participação na iniciativa” até 18 de maio. “Isso permitirá evitar perdas comerciais e prevenir possíveis riscos de segurança”, alertou a Rússia na carta.

Sob o acordo, um Centro de Coordenação Conjunta (JCC) em Istambul – composto por funcionários da Rússia, Ucrânia, Turquia e das Nações Unidas – concorda com os navios que participarão do acordo.

Esses navios são então inspecionados pelos funcionários do JCC perto da Turquia antes de viajar para um porto ucraniano no Mar Negro através de um corredor humanitário marítimo para coletar sua carga e retornar às águas turcas para uma inspeção final. Com base nos dados públicos do JCC, em média, em abril, a inspeção de saída foi de 21 dias após a inspeção de entrada.

Não está claro se a interpretação da Rússia de “participação na iniciativa” é que um navio precisa ter concluído sua inspeção final até 18 de maio ou se simplesmente precisa ter saído do corredor humanitário marítimo até 18 de maio.

Se um navio tiver que concluir sua inspeção final até essa data, isso significa que a Rússia pode não aprovar nenhum novo navio para trânsito sob o acordo a partir da próxima semana.

A missão da Rússia na ONU em Nova York encaminhou um pedido de comentário a Moscou. A carta foi enviada às Nações Unidas por funcionários do JCC da Rússia na quarta-feira. As Nações Unidas se recusaram a comentar a carta russa.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, deve se reunir com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em Nova York na segunda-feira e discutirá o futuro do acordo de exportação de grãos com a Ucrânia.

O acordo foi mediado pelas Nações Unidas e pela Turquia para ajudar a enfrentar uma crise global de alimentos que, segundo autoridades da ONU, foi agravada pela invasão russa da Ucrânia, a guerra mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Para ajudar a persuadir a Rússia a permitir que a Ucrânia retome as exportações de grãos do Mar Negro, um pacto separado de três anos também foi firmado em julho, no qual a ONU concordou em ajudar a Rússia a exportar alimentos e fertilizantes.

Fonte: portaldoagronegocio

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