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Agronegócio

ABPO busca valorização da carne pantaneira e inicia processo de Indicação Geográfica

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ABPO busca valorização da carne pantaneira e inicia processo de Indicação Geográfica

Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável lançou nesta semana o 1º Pantanal Meat Festival, um evento que reúne tradição, pesquisa, tecnologia de produção, arte e gastronomia, com diversos pratos típicos do bioma, tendo como protagonista o churrasco pantaneiro. A primeira edição ocorreu em Rio Verde de Mato Grosso, mas segundo a Associação, o evento deve percorrer diversas cidades em 2023, dentro e fora do .

Entre os objetivos do evento está a divulgação da cultura do homem pantaneiro e a da carne, produzida no bioma. E com a finalidade de valorizar ainda mais essa proteína, sua história e o impacto social que envolve sua produção e comercialização, a ABPO se empenha no projeto de reconhecimento desse produto via Indicação Geográfica (IG). “Valorização por diferenciação. Essa será a principal conquista desse processo que está em . E não só uma valorização financeira, essa carne leva uma história, uma forma de produzir, um manejo específico, em um bioma rico e complexo, que merece identificar, com destaque, tudo o que sai daqui”, explica o presidente da ABPO, Eduardo Cruzetta, pecuarista pantaneiro.

Segundo o presidente conseguir o reconhecimento de “Indicação Geográfica” para Carne Sustentável do Pantanal junto ao INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial, trará benefícios que vão além da proteína animal. “O resultado esperado é o reconhecimento de toda a comunidade pantaneira, que produz em harmonia com o meio ambiente há quase 300 anos. Além da carne bovina, ovina, o couro, subprodutos, derivados, artesanato e o turismo ganharão valores. Lembrando que por trás desses produtos há pessoas envolvidas. Um selo de Indicação Geográfica carrega história, humanidade, biodiversidade, ciência, valoriza também os , além de agradar consumidores, de todas as regiões do mundo”. 

Quanto ao reconhecimento junto ao INPI, a pesquisadora da Embrapa Pantanal, Sandra Aparecida dos Santos, defende que a pecuária abrirá portas. “A gente pode agregar valor a tudo. Essa que é a sustentabilidade, é você dar valor a tudo que vem dessa região, inclusive aos serviços ambientais e ecossistêmicos, que por enquanto, não são commodities, mas futuramente serão. É justo que se pague pela conservação que o homem pantaneiro se dedica, e nessa mesma linha virão crédito de carbono e crédito biodiversidade”.

Alan Eduardo Striquer, além de consumidor da carne pantaneira, é presidente da Agência de Desenvolvimento Regional Movimenta Pantanal, e reforça que a Indicação Geográfica, vai além de um selo de registro. “A carne produzida aqui carrega uma memória afetiva par aquém é da região. Falávamos que era um gado criado no capim mimoso, nativo do bioma. A textura da carne é diferente, o paladar, o . A ABPO veio resgatar tudo isso, a , a história. O Pantanal é um berçário fantástico para a carne brasileira, e a Associação vem resgatando essa qualidade alimentar”, afirma Striquer.

“A Indicação Geográfica faz com que o Pantanal se consagre e mostre para o mundo o que ele tem de bom. Para mim, como consumidor, oferece a certeza de que vou encontrar na prateleira um produto que sei de onde veio. Vou poder pegar aquilo ali e falar: isso aqui que estou comendo tem origem, tem história, um saber fazer único com qualidade e certificação, não é qualquer produto. É carne de verdade”, completa o presidente da Movimenta Pantanal.

Quem apresenta a carne e assina um cardápio, preza pela qualidade. É o que afirma o chef Edu Rejala, referindo-se à necessidade de se confiar na procedência da carne que oferece ao consumidor. “As pessoas querem degustar uma carne com sabor de verdade, macia e saborosa. Atrelar o sabor, à qualidade e à origem é o caminho. Nós, cozinheiros, prezamos por procedência. Sabemos que para chegar em um resultado satisfatório do , é preciso produtos de qualidade”, explica o chef. “Independente se o cliente conhece ou não o ambiente onde o produto foi gerado, preparar e oferecer um prato, em que os alimentos foram produzidos com boas práticas e sustentabilidade, faz toda diferença”, finaliza.

Fonte: portaldoagronegocio

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