Atualmente a associação conta com mais de 100 fazendas parceiras e 1 milhão de hectares certificados. A ABPO visa trazer valor para o pecuarista pantaneiro através da indicação geográfica – IG, que deve fomentar o mercado de carne sustentável do Pantanal, aumentando assim sua rentabilidade e fomentando boas práticas de manejo. Além disso, a organização agrega às suas atividades os modernos conceitos de qualidade, responsabilidade social, ecológica e desenvolvimento sustentável.
Através do desenvolvimento sustentável, a ABPO visa aumentar a lucratividade da pecuária na região pantaneira através da comercialização de produtos locais certificados e do reconhecimento pela sociedade dos serviços ambientais prestados pela população local pela conservação do bioma, garantindo a manutenção da cultura pantaneira, a permanência do homem no campo e melhorando a rentabilidade da atividade econômica nesta região.
Em 2021 a associação realizou o abate de cerca de 40 mil cabeças, o que representa mais de 1,5 toneladas de carne certificada do Pantanal por mês, e a expectativa para 2022 é de um crescimento de 100%. Atualmente os associados da ABPO possuem um rebanho de 350 mil cabeças de gado certificado.
A ABPO valoriza as atividades pecuárias voltadas para o desenvolvimento sustentável que preservam o bioma do Pantanal há mais de 300 anos, além de apreciar o produtor pantaneiro e sua atuação na pecuária. A associação dá suporte aos produtores e seus técnicos, tanto na certificação orgânica quanto na certificação sustentável.
Sustentável X Orgânico
A pecuária orgânica certificada e a pecuária sustentável se diferenciam em alguns aspectos. Na pecuária orgânica certificada há alguns critérios para a criação do gado, sendo que o tratamento dos animais deve ser realizado com o uso de homeopatia e fitoterápicos, salvo exceções, onde antibióticos e tratamentos alopáticos são necessários para evitar o sofrimento do animal. O tratamento correto faz com que o animal não desenvolva qualquer tipo de doença em pastagens livres e sombreadas. Além disso, não são permitidos sistemas 100% confinados, no qual os sistemas de produção devem obter um local de saída para os animais.
Os animais com certificação orgânica são alimentados da maneira mais natural possível, sem elementos transgênicos em sua dieta. As pastagens não podem receber qualquer tipo de defensivo químico, para evitar a contaminação do solo.
Já na pecuária sustentável, cujo protocolo foi desenvolvido pela ABPO, são verificadas as condições ambientais na qual o animal é inserido, como manejo adequado de pastagens, utilizando técnicas que não prejudiquem ou reduzam ao máximo os danos causados ao meio natural. Com isso é garantido a eficiência do processo pecuário e a produção funciona em conjunto com o meio ambiente.