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Agricultores de Mato Grosso investem em silos-bolsas para armazenar soja e milho: saiba mais!

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Agricultores em Mato Grosso estão buscando no silo-bolsa uma solução para tentar acelerar a colheita da soja e garantir uma janela mais favorável para o milho segunda safra. A medida é motivada diante dos desafios logísticos enfrentados em algumas regiões produtoras do estado, onde as chuvas estão mais intensas, prejudicando os trabalhos de campo.

O excesso de chuvas tem causado em Mato Grosso atrasos na colheita da soja nesta temporada. A umidade elevada no campo compromete o avanço das máquinas e, consequentemente, a qualidade do grão em alguns talhões.

Este é o cenário enfrentado pelo produtor Paulo Zen em Nova Mutum, que realiza uma verdadeira força-tarefa para tentar minimizar as perdas e garantir a produtividade da safra.

Segundo o produtor, diante das chuvas, o grão acaba perdendo peso dia a dia.

“Depois chega em um ponto em que você tem que esperar um dia com muito sol para ela secar. Os que estão na colheita, todos tem um pedaço da lavoura que está neste ponto. Tudo bem, água é água. Mas, se descontar na tabela… Depois vem as impurezas, vem os ardidos, você não consegue dosar, porque se você entrar em uma soja ruim vai colher soja ruim e vai ter que entregar ruir”, diz Paulo Zen ao projeto Mais Milho, do Dia de Ajudar Mato Grosso.

O secador diante da situação é considerado um grande aliado na tentativa de “dar uma padronizada e escapar da fila [nos armazéns]. O secador é um investimento que a pessoa tem que fazer conta. E vale a pena”.

Milho fora da janela gera preocupação

O cultivo do milho fora da janela considerada ideal é outra preocupação do produtor de Nova Mutum, que também é presidente do Sindicato Rural do município.

“Está atrasado uns 10 dias em relação ao ano passado. A gente está reclamando da chuva hoje por causa da soja, mas a gente espera que ela se estenda um pouco mais e vá até maio para que consigamos colher uma boa safra de milho”.

Nos municípios de Vera e Feliz Natal, onde nesta temporada foram cultivados pouco mais de 330 mil hectares com soja, também tem agricultores correndo contra o tempo para tentar otimizar as duas safras em meio a concentração da oleaginosa pronta, excesso de umidade e falta de espaço para guardar a produção.

“Concentramos o plantio, os materiais têm todos o mesmo ciclo, então tudo secou junto agora. E secou em uma semana que estava chovendo bastante. Estava chovendo praticamente todo dia. Embucha todos os armazéns basicamente”, comenta o presidente do Sindicato Rural de Vera e Feliz Natal, Rafael Bilibio.

Ele destaca que a situação é considerada preocupante, uma vez que a capacidade de recepção de grãos nos armazéns dos dois municípios é “muito reduzida”. “Três grandes empresas quebraram, fecharam as portas e quem não tem seu armazém próprio está na fila, enfrentando até três dias de fila com soja em cima dos caminhões”.

Silos-bolsas entram em campo em Mato Grosso

O uso de silos-bolsas foi a estratégia encontrada pelo produtor de Feliz Natal, Maicon Rech, para dar mais fluxo na colheita da soja e avançar com a semeadura do milho segunda safra. Nesta temporada, conta ele ao Dia de Ajudar Mato Grosso, 1.750 hectares de milho devem ser cultivados na propriedade.

“Foram feitas umas quatro bolsas com soja para a colheita andar e a gente não perder a produção. E até para fechar o plantio do milho a gente vai sair um pouco da janela e atrasar uns 10 dias tranquilamente por causa da chuva”.

A ferramenta de tecnologia de armazenamento também está sendo fundamental para o produtor Valmor Scariotte para garantir o milho e evitar perdas mais expressivas na colheita da soja, que ocupou 1,3 mil hectares na propriedade localizada no município de Nobres, região centro-sul do estado.

“Cada bolsa cabe três mil sacas de soja. Então, foi que me salvou. Colhemos soja com 28% de umidade, desesperado com bastante soja seca, soja que quase não desce do graneleiro da colheitadeira”.

O produtor de Nobres já colheu 75% da soja e “pede uma treguazinha” à São Pedro para “deixar chover lá em abril e maio, que vem a safrinha do milho também. A gente pede chuva lá na frente, também”.

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Fonte: canalrural

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