No município de Tibagi, no Paraná, o produtor Guilherme De Geus cultiva milho, soja, trigo e cevada, além de manter uma pecuária de altíssimo nível. Para alcançar produtividades de até 250 sacas por hectare, ele aposta firmemente no uso de tecnologias, destacando que todo investimento nesse sentido traz retornos positivos para sua lavoura. Exemplo disso é a safra recorde na propriedade, neste ano.
O campo sempre esteve presente na vida da família, tendo sido o bisavô precursor dessa história. Visionário, ele largou tudo aos 75 anos na Holanda, vendendo a propriedade que tinha, e imigrou para o Brasil.
Hoje, a Fazenda Guartelá, iniciada pelo pai e avô do jovem produtor, é vista como referência em Tibagi e em todo o Paraná.
“Sempre tiveram essa vontade de crescimento, essa vontade de fazer as coisas certas, investimento na hora certa e sempre foram muito arrojados”.

Verticalização e diferenciar setores entre os segredos
Os trabalhos na propriedade ao longo dos anos envolveram correção de solo, rotação de cultura bem definida, incremento de palhada, além de ter um verão e um inverno definidos, o que a cada safra vem proporcionando bons resultados.
Guilherme comenta ao Especial Mais Milho que a rotação de culturas, além da pecuária e da suinocultura, fazem parte da busca da família em tentar “verticalizar ao máximo e diferenciar os setores dentro da fazenda”.
Na agricultura, conta o produtor, são realizadas duas safras trabalhando soja, milho, feijão e no inverno culturas como trigo e cevada.
Além disso, o trabalho conjunto realizado com as cooperativas locais, com a Fundação ABC e os agrônomos da propriedade é outro fator para tais resultados em produtividade.
“Estamos trabalhando muito com o plantio direto. Desde os anos 1980 a fazenda já tem esse plantio direto e, principalmente, incremento de palhada. Então, hoje o inverno para nós traz muita palhada para o verão e, consequentemente, trazemos produções altíssimas com esse sistema”.

Alto investimento e clima, uma combinação perfeita
De acordo com Guilherme, a safra em 2025 para a família “foi um espetáculo”. Além dos investimentos em híbridos e solo, o clima “foi um reloginho” e ajudou muito.
“A gente conseguiu trazer todas as tecnologias que tem no campo hoje para dentro do milho, para dentro da fazenda. Trazer o teto produtivo do milho. Fizemos o papel de casa desde o começo. Trouxemos no inverno o preparo de solo, subsolagem, calagem, gessagem, compostos orgânicos. Fizemos coberturas. Trouxemos híbridos de alta capacidade produtiva, tanto os precoces como os híbridos normais”, explica o produtor ao programa do Mais Milho, projeto do Dia de Ajudar Mato Grosso.
Segundo Guilherme, a conjunção de todos esses fatores positivos possibilitou que a Fazenda Guartelá alcançasse o seu maior teto produtivo no milho em 2025.
“Hoje vamos alcançar de 230 a 240 sacas por hectare de milho limpo e seco. Tivemos talhão que chegou a 250 sacas”.
O produtor salienta que além da escolha dos materiais, “muitas vezes a gente não escolhe um híbrido só para cada talhão. Dividimos o talhão, mudamos a população também, para alcançar o melhor teto produtivo de cada talhão”.
Conforme o RTV Bayer/Sementes Agroceres, Jonathan Adacheski, nesta safra no que tange o milho foram trabalhadas algumas áreas com Bayer Valora, uma iniciativa da multinacional onde se adequa às populações de cada híbrido dentro do ambiente de cada talhão.
“Pelas sementes Agroceres trabalhamos dois principais produtos. O 9021, que é um dos híbridos mais plantados na região, que teve uma performance fantástica, trazendo muita rentabilidade para o agricultor. E trabalhamos também a G9070 Pro4, material que chegou a bater mais de 260 sacas no talhão que ele colocou”, explica ao Dia de Ajudar Mato Grosso.

Mesmo em épocas críticas, o milho é importante
O milho para a região de Tibagi e do Paraná é de suma importância, avalia Guilherme. Ele frisa que o cereal nunca deixou de ser plantado mesmo em épocas críticas, de preço baixo e insumos altos.
“Sempre prezamos a rotação da cultura. No mínimo um quarto da nossa área [na fazenda] é plantada com milho. Vários anos, também, plantando com milho safrinha. E a gente trazendo esse milho para dentro da fazenda, trazemos uma rotação de cultura bem feita, agregando muito valor para o nosso solo”.
E diante dos resultados observados, a tendência é de a área destinada ao cereal crescer cada vez mais na Fazenda Guardelá.
“Quando vemos esses patamares alcançados, a gente está conseguindo transferir essas tecnologias em produção. Vamos aumentar a área de milho para o ano que vem, pensando já em aumentar também a qualidade do nosso solo. Porque a gente colhe mais soja o ano que vem dentro dessa área de milho”.
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Fonte: canalrural