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As chuvas e o frio, tão incomuns nesse período, provocaram uma onda de vídeos que se espalharam pelas redes sociais. Um desses registros mostra a estrada de Cuiabá até Chapada dos Guimarães, com a chuva acompanhando o trajeto dos motoristas e até mesmo dentro da cidade. Na cidade turística, entre a segunda-feira (04) registrou quase 120 milímetros de chuva, entre 14h e 16h30min.
Segundo informações do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), a temperatura deve cair consideravelmente ao longo da semana, com as temperaturas mínimas frias e as máximas não chegando nem aos 30°C.
É o caso desse final de semana, onde no sábado a temperatura mínima deve ser de 18°C e a máxima de apenas 28°C. O domingo deve ser ainda mais frio, com mínima de 13°C e máxima de 25°C. A próxima segunda-feira deve continuar a “tradição” e os termômetros devem registrar 12°C de mínima e apenas 28°C de máxima.
A reportagem do Olhar Direto conversou com o professor de geografia José Augusto Ugeda e presidente da Associação Brasileira de Climatologia que explicou de forma detalhada o que causou a queda da temperatura nesses últimos dias.
“Esse ano nós tivemos um número maior de ocorrências de frente frias que chegaram até o centro-oeste do Brasil, provocando um inverno levemente mais fresco que o habitual. Os meses de junho e julho tiveram temperaturas um pouco mais baixas que o habitual e essa frente que chega agora no início de agosto provoca uma condição de tempo mais agradável”, declarou o professor.
Esse “friozinho chuvoso” já ocorreu no passado e apesar de mais frio estar chegando, segundo o que foi apontado pela previsão do tempo, logo virá também o período de estiagem e calor.
“A nossa estiagem irá ocorrer normalmente. Essa condição climática é habitual. Os períodos de agosto e setembro são os meses mais secos e quentes do ano. Então, essa condição de tempo agora, a passagem de uma frente fria, não muda todo o período de estiagem. Ela provoca em um período, mais curto, mas que sim melhora o conforto térmico, melhora a sensação térmica. Mas é esperado que os meses de agosto e setembro continuem com essa condição de estiagem e temperaturas mais elevadas”, relatou o presidente.
Apesar da certeza que o período de calor e o tempo seco virá, ainda em agosto, existe a expectativa que esse ano as máximas não cheguem até os 44°C. Durante dois anos seguidos, 2023 e 2024, foi Cuiabá que atingiu essas altas temperaturas.
“Em quase todos os anos, em agosto e setembro, a temperatura máxima diária né ultrapassa os 40°C. Para esse ano existe a expectativa que ela não chegue aos 44°C. Não é uma previsão, é uma expectativa, mas sim (a temperatura) deve ficar acima dos 40°C em alguns dias deste período de agosto e setembro”, comentou o professor.
Por fim, José Augusto explicou que para este ano não devem vir ondas de calor mais intensas que as habituais e que o período de estiagem deve ficar dentro da normalidade.
Fonte: Olhar Direto