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Turismo

Acordo entre Mato Grosso do Sul e Argentina traz benefícios para empreendedores: entenda as melhorias previstas

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A construção da rota bioceânica tem trazido esperança para diversos setores em Mato Grosso do Sul, entre elas, a do turismo. Com o aumento da demanda de turistas internacionais e facilidade que a via trará para o estado, acordo entre MS e Argentina poderá melhorar ainda mais o setor para ambos países.

Na noite desta quarta-feira (19), encontro entre empresários sul-mato-grossenses e seis representantes da província de Jujuy, na Argentina, firmou parceria para trazer investimentos e fomentar a economia nas regiões. A reunião aconteceu na sede da FCDL/MS (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.

Para a presidente da federação, Inês Santiago, esse é o início de uma relação entre dois povos que trará prosperidade para ambos. 

“A província de Jujuy nos procurou com o objetivo de a gente fomentar, especialmente neste momento, no setor turístico. Então nós vamos discutir a logística, vamos criar soluções para tudo aquilo que possa fomentar esse setor tanto para Mato Grosso do Sul, quanto para a província de Jujuy”, disse. 

Da mesma forma, a presidente do Conselho Profissional de Ciências Econômicas da província de Jujuy, Blanca Juarez, destacou que Mato Grosso do Sul é formado por belas paisagens que podem atrair os turistas argentinos. 

“Nós pensamos que tem que haver o turismo receptivo de ambos os lados, ou seja, tanto turismo de MS, de Campo Grande, como nós, com o turismo da nossa província. Vocês [Mato Grosso do Sul] têm paisagens muito bonitas para receber o turismo, como por exemplo, a zona de Bonito, de Jardim e de Campo Grande”, afirmou. 

Do lado de cá, quem participou da assinatura do termo foi o presidente da Frente Parlamentar de Varejo, Comércio e Serviços, Renato Câmara. Agora, serão buscadas e identificadas lacunas para que melhorias possam ser propostas e que contribuam para a economia dessas duas regiões. 

“Não só pensar nas grandes empresas, que têm dinâmica. Agora o pequeno comerciante, varejista, os serviços, também têm oportunidade na bioceânica e também têm oportunidade com essa proximidade com a província de Jujuy”, pontuou. 

Acordo e seus desafios

Entre os desafios no impulso do turismo está a mobilidade terrestre e aérea, além de questões fiscais e mapeamento de oportunidades e necessidades das regiões. Quem explica isso é o presidente da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) de Campo Grande, Adelaido Vila. 

“É uma reunião onde nós vamos reunir grupos de trabalho, e a partir daí apresentar aquilo que nós temos de oportunidade e aquilo que nós temos de necessidade.  Em cima disso, juntamente com os órgãos públicos, buscar sanar essas dificuldades”, disse. 

Para Inês Santiago, outro desafio enfrentado pelo setor em Mato Grosso do Sul é o da questão cambial, uma vez que há certa dificuldade para que turistas consigam trocar dinheiro nas cidades. 

“Quem vai a Bonito, vai a Costa Rica, vai a qualquer outro endereço em Mato Grosso do Sul, chega lá e não encontra uma casa de câmbio. Então, nós precisamos fomentar a capilaridade cambial em MS, precisamos ter mais lojas de câmbio em todo o interior do estado, que tem as belezas naturais. Recebemos um estrangeiro e não temos como trocar, por exemplo, um peso por real, porque não oferecemos essa possibilidade”, ressaltou. 

Já o presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), João Francisco Fornari Denardi, enxerga o momento como uma grande e importante oportunidade para o turismo, que aumentará a demanda de comércios das regiões. 

“Você vê muitos empresários investindo não só no seu próprio negócio, mas às vezes fazendo uma ampliação. Então eu acho que é fundamental a gente estar preparado para esse momento que vem acontecendo e também desmistificar um pouco, que Campo Grande sempre teve aquilo de não ter uma vida noturna; Campo Grande não tem muitos atrativos. Eu acho que pelo contrário, com essa ligação do turismo, seja de negócio ou a passeio,  faz com que o turista fique em Campo Grande também”, frisou. 

Da mesma forma encara o setor de supermercados, que vê no encontro a possibilidade de estreitar relações comerciais. 

“Vejo que tem categorias de produtos que nós podemos aprender a trabalhar aqui no Brasil, como nós podemos exportar para lá também. Comércio sobrevive de negócios, abrindo as fronteiras, vamos ter mais negócios”, destacou. 

Fonte: primeirapagina

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