A medida, segundo ele, busca frear o uso do sistema público de saúde para justificar ausências no trabalho sem necessidade clínica comprovada.
De acordo com o prefeito, há um aumento considerável no número de atendimentos entre segunda e quarta-feira. Ele atribui esse fluxo à procura de atestados médicos por parte de trabalhadores que não apresentam sintomas relevantes. A nova proposta prevê reforço na triagem com mais profissionais e a não emissão de atestado para pacientes classificados como verde ou azul.
“Hoje nós estamos avaliando as medidas, só para você ter ideia. Toda segunda, terça e quarta nós vamos colocar agora três médicos triagistas. A maioria desse atendimento de classificação verde não vai nem ficar aguardando a avaliação. Já na triagem já vai ter o seu encaminhamento apropriado. E também nós não vamos mais dar atestado”, comentou.
Abilio explicou que a presença do paciente será registrada, mas que o documento de comparecimento não servirá como justificativa formal de falta ao trabalho.
“Atestado para quem é classificação verde, não tem sintoma de nada, não tem nada. Nós só vamos reconhecer a presença da pessoa na UPA, que ela foi até o local, mas não vamos dar atestado de dia nenhum, de nada.”
O prefeito também defendeu que médicos incluam nos registros se o paciente compareceu sem sintomas e se havia interesse apenas em obter o atestado.
“A nossa recomendação é que os profissionais da saúde e os médicos, principalmente que são os que fazem aparecer, eles coloquem, inclusive, dentro dessa avaliação as características da pessoa, se ela foi ali sem sintoma nenhum, sem nenhuma causa, e se o interesse dela é simplesmente atestado, não dê atestado. Dê apenas uma comprovação de que a pessoa esteve presente”, disse.
Ele orientou ainda que os empregadores busquem respaldo jurídico para que as declarações de comparecimento não sejam aceitas como substituto legal de atestado médico.
Segundo Abilio, a gestão pretende aplicar com mais rigor a classificação azul, destinada a casos considerados não urgentes, e direcionar esse público para unidades básicas de saúde, a fim de desafogar as UPAs. A proposta ainda está em análise e deve passar por avaliação técnica e jurídica antes de ser implementada.
Fonte: Olhar Direto