Em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (7), enquanto visitava a Câmara Muncipal, o gestor foi questionado sobre o motivo de sua ida a Brasília nesta semana. Ele respondeu que esteve na capital federal afim de buscar alternativas junto ao TCU para reverter o bloqueio de destinação de ’emendas pix’.
De acordo com Brunini em 2024, Cuiabá recebeu a destinação de três emendas: uma do senador Jayme Campos (União), no valor de aproximadamente R$ 4 milhões, outra do deputado federal Emanuelzinho (MDB), também de pouco mais de R$ 4 milhões, e outra que teria sido enviada pela atual diretora da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rosa Neide (PT) que ainda como deputada federal em 2022, enviou R$ 1,9 milhão à Cuiabá. Valor que foi pago em 2023.
No entanto, o dinheiro teria chegado à conta da prefeitura e foi transferido à chamada “Fonte 100”, que se trata da conta geral do município. Com isso, o chefe do Executivo municipal revelou que não há a possibilidade de rastrear o dinheiro.
Ocorre que o deputado federal José Medeiros (PL) tem a intenção de enviar R$ 6 milhões de emenda pix à Capital neste ano, mas está impedido por determinação do TCU, que cobra a prestação de contas referente aos valores anteriormente enviados na mesma modalidade.
“O TCU ele já tem feito posicionamento sobre as emendas, inclusive pediu para o Tribunal de Contas do Estado fazer uma questão de apuração das emendas como está sendo aplicado, e o Tribunal de Contas nos provocou, e o Ministério da Gestão suspendeu o recebimento de emendas novas, ou seja, tem uma emenda nova do Medeiros de R$ 6 milhões que a gente está precisando receber para poder fazer um projeto na área da saúde. Essa emenda do Medeiros não está podendo ser paga”, contou.
Ele ainda complementou afirmando que tentou diálogo com o órgão federal, ao afirmar que já acionou a Procuradoria do município para investigar as condutas empregadas na gestão passada, mas recebeu apenas prazo de 60 dias para comprovar como os recursos foram empregados.
“Fui lá, conversei com a equipe do Medeiros, conversei com a equipe do Tribunal de Contas da União, falei pra eles que nós já mandamos pra controladoria do município, que estamos encaminhando pro Tribunal de Contas do Estado, e a nossa procuradoria do município entrou na Justiça pra poder suspender esse efeito de suspensão de recebimento dos repasses. Ganhamos 60 dias pra providenciar uma prestação de conta”.
Brunini negou a possibilidade de diálogo com Emanuel para melhor compreender como os valores foram empregados.
“Então, a não ser que o prefeito anterior consiga ter uma justificativa do porquê ele fez isso, a sensação que tem é que ele estava endividado com outras coisas e pegou o dinheiro da emenda e gastou para pagar as dívidas que ele tinha. Essa é a sensação, não sei se foi isso que ele fez”, fincalizou.
— Leiagora Portal de Notícias (@leiagorabr) August 7, 2025
Fonte: leiagora