CUIABÁ

Abilio critica contrato da prefeitura por pagar por vagas ociosas: a favor da empresa

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O prefeito Abilio Brunini (PL) voltou a criticar o modelo do contrato firmado entre a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo em Cuiabá. Segundo o prefeito, o acordo é desvantajoso para a prefeitura e “muito a favor da empresa”. 

Ele afirmou que as vagas de estacionamento são pagas pela prefeitura, sejam usadas ou não. De acordo com ele, a taxa de ocupação das vagas é de apenas 25% a 30%, o que significa que a prefeitura paga por cerca de 70% das vagas ociosas. 
“Pagamos para elas ficarem ociosas e não ocupadas. Esse contrato só traz benefício para a empresa CS Mobi”, afirmou Abilio um dia após Emanuel ir à CPI do Estacionamento Rotativo para prestar esclarecimentos sobre o contrato com a CS Mobi.  
O prefeito também criticou a empresa por vincular ao contrato recursos de empréstimos feitos para construir os “projetos dela”, “com a garantia de que o município pagaria pelas vagas de estacionamento, ocupadas ou não”. 
“A empresa pegou dinheiro emprestado para construir as coisas que está construindo, vinculou ao contrato e ao repasse do município esse dinheiro emprestado, e ainda com a garantia de que o município vai pagar sobre as vagas de estacionamento ocupadas ou não”, disse.
Ainda de acordo com o prefeito, o contrato da empresa é vantajoso no sentido de que ela poderá explorar a publicidade do centro histórico; explorar as vagas de estacionamento nas redes dos hospitais e do Novo Mercado Municipal Miguel Sutil – que é construído pela CS Mobi. 
“Mas, apesar de tudo isso, ele [CS Mobi] ainda foi lá e vai alugar o mercado municipal, a população não vai usar de graça não. Quem for trabalhar lá, aquelas pessoas vão ter que pagar para usar o espaço, ele vai alugar o espaço, ele vai cobrar estacionamento. São 30 anos explorando”.
“Esse contrato é muito a favor da empresa. Me surpreende o Emanuel defendê-lo tanto. A gente está numa situação muito delicada, porque o rompimento do contrato também trará um prejuízo muito grande ao município. Eu lamento pelo que foi feito na gestão anterior, a gente vai ter que tentar descobrir um jeito de minimizar os danos, mas, infelizmente, essa é a realidade”, finalizou. 

 

 

Fonte: Olhar Direto

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