Um dos principais questionamentos que surgiram após a aprovação da gratuidade foi justamente é se haverá reajuste no valor da tarifa atual da Capital de R$ 4,95 para compensar o benefício aos usuários do transporte público.
Quando questionado sobre a possibilidade de aumento, Abílio foi enfático e garantiu que não há chance de reajustes nesses 4 anos de sua gestão.
“Não tem intenção de aumentar a tarifa nos quatro anos da minha gestão”, disse o prefeito. “A minha intenção é criar instrumentos para que o transporte público funcione melhor e funcione como uma forma de ferramenta não só social, mas de mobilidade global, transporte público eficiente e ajuda a mobilidade da nossa cidade”.
Atualmente, existem dois tipos de tarifas: a tarifa pública, que é o valor que o passageiro paga para embarcar no ônibus, que atualmente é de R$ 4,95; e a tarifa técnica, que é o valor que serve de base para o cálculo do reembolso às empresas que operam o sistema de transporte público, fixada em R$ 11,95 na Capital.
Segundo o prefeito, o passageiro que paga R$ 4,95, a prefeitura desembolsa a diferença. Ele afirma que as empresas não estão mais preocupadas se vai subir ou se vai descer o valor da tarifa. “A preocupação de subir ou descer o valor da tarifa é o quanto vai diminuir o subsídio da prefeitura ao sistema de transporte público”.
De acordo com ele, o transporte público custa R$ 140 milhões para a prefeitura municipal. O prefeito afirmou que a tarifa zero do transporte coletivo aos domingos será possível após resultados favoráveis nas despesas de contratos como o de Tecnologia da Informação (TI).
Atualmente, o sistema de transporte público de Cuiabá e Várzea Grande opera no sistema intermunicipal. O valor da passagem nas duas cidades é de R$ 4,95. Contudo, segundo Abilio, a gratuidade valerá apenas para Cuiabá. Mas, caso o usuário da Cidade Industrial tenha o cartão do transporte coletivo de Cuiabá, não pagará a passagem.
“A gente só pode legislar sobre o município de Cuiabá. Então o limite da minha legislação é o município de Cuiabá. O ônibus intermunicipal é o Estado que cuida disso e o ônibus de Várzea Grande, é Várzea Grande que cuida”, pontuou Abilio.
“O usuário vai pagar em Várzea Grande, em Cuiabá não vai pagar. Tendo o cartão em Cuiabá, não vai pagar. Agora se Várzea Grande adotar a mesma ideia, é outra história. Cada um cuida do seu município”.
Fonte: Olhar Direto