Baseado na novel publicada por em “If It Bleeds” (2020), ganhou uma adaptação para os cinemas dirigida por . O longa-metragem, estrelado por , , e , chegou aos cinemas brasileiros na última quinta-feira (4 de setembro).
A produção aposta em uma narrativa pouco convencional: a história é contada em ordem cronológica reversa, revelando gradualmente a vida de Charles “Chuck” Krantz, um homem aparentemente comum cuja trajetória guarda significados maiores.
Os três atos de A Vida de Chuck
O filme é dividido em três atos. No primeiro, intitulado O Colapso, o mundo enfrenta um cenário apocalíptico: a internet deixa de funcionar, a Califórnia afunda no oceano e enormes crateras surgem de repente. Em meio ao caos, outdoors, jornais e programas de TV passam a exibir a imagem sorridente de Chuck acompanhada da frase: “39 GRANDES ANOS! OBRIGADO, CHUCK!”. O professor Marty Anderson observa o fenômeno enquanto a realidade parece desmoronar.
No segundo ato, A Dança, o espectador conhece Chuck em plena juventude. Em uma cena marcada pela espontaneidade, ele começa a dançar com um músico de rua, contagiando quem está por perto. O momento contrasta com a visão apocalíptica inicial, revelando um homem cheio de energia e alegria, ainda que já carregando indícios da doença que futuramente o matará.
O terceiro ato, O Começo, retorna à infância do protagonista. Criado pelos avós em uma casa considerada mal-assombrada, Chuck desenvolve medo da torre da residência, mantida trancada. Ao perder o avô, o garoto decide enfrentar a curiosidade e entra no local.
Lá, tem uma visão decisiva: vê todo o seu futuro, até o momento de sua morte em um leito de hospital aos 39 anos, vítima de um tumor cerebral. Ele percebe que o “fantasma” que o assombrava era, na verdade, o eco de sua própria consciência.
A Vida de Chuck explicado: Entenda o final do filme
A narrativa sugere que cada ser humano contém um universo inteiro dentro de si. Assim, o fim do mundo retratado em O Colapso não é literal, mas simbólico, representando o encerramento da mente e da vida de Chuck.
O filme ainda conecta essa ideia ao poema “A Song of Myself”, de Walt Whitman, mencionado na juventude do personagem, que inspiraria sua percepção de que uma vida pode abrigar “multidões”.
Com estrutura não linear e elementos de realismo mágico, A Vida de Chuck busca discutir o peso das experiências individuais e como a morte de uma pessoa pode equivaler ao fim de um mundo inteiro.
Fonte: adorocinema
