Como é ter um Ford quatro anos após o fim da produção no Brasil
Descubra a realidade de ter um Ford no Brasil 4 anos após o fechamento das fábricas. Análise de peças, manutenção, desvalorização e como a Ford manteve o suporte aos donos de Ka, Fiesta e EcoSport.
O anúncio do fechamento das fábricas da Ford no Brasil, no início de 2021, marcou o fim de uma era e levantou uma grande incerteza para milhares de proprietários de modelos populares como Ka, EcoSport e Fiesta. Quatro anos depois, o fantasma da descontinuidade se dissipou, mas como é, de fato, a experiência de ser dono de um Ford no país hoje?
Como é ter um Ford quatro anos após o fim da produção no Brasil
Apesar de ter encerrado a produção local, a Ford não saiu do Brasil. A montadora reestruturou seu negócio para atuar como uma importadora focada em segmentos de maior valor agregado (picapes, SUVs e veículos comerciais), mantendo toda a estrutura de concessionárias e pós-venda para dar suporte à frota nacional.

A maior preocupação dos donos de Ford era a possível falta de peças e o aumento dos custos de manutenção. Especialistas e relatos de proprietários, no entanto, apontam que o cenário é menos dramático do que se temia:
- Disponibilidade de Peças: A Ford se comprometeu a fornecer peças de reposição e assistência por um período razoável. Para a maioria dos modelos mais populares, como Ka e EcoSport, a disponibilidade de peças de desgaste e de manutenção rotineira (filtros, pastilhas, suspensão) não se tornou um problema grave. Muitas autopeças de reposição não são fabricadas pela montadora, mas sim por fornecedores externos, o que ajuda a manter o fluxo.
- Peças Específicas e Funilaria: Onde o desafio pode aparecer é em peças mais específicas, de funilaria ou de alta complexidade em modelos mais antigos, onde o estoque original nas concessionárias pode se esgotar. Contudo, relatos de proprietários indicam que a manutenção em concessionárias ou oficinas de confiança continua sendo realizada.
- Pós-Venda: A rede de concessionárias permaneceu operante, oferecendo serviços, revisões e cobertura de garantia para os veículos novos e seminovos da época da fabricação nacional.
“Para quem compra um Ford usado hoje, a principal recomendação é focar em modelos de grande volume e garantir que o carro tenha um bom histórico de manutenção. A dificuldade é menor do que se imagina, mas a cautela é sempre bem-vinda.”

Desvalorização e Mercado
A saída da Ford gerou um impacto inicial de desvalorização, especialmente nos modelos populares que saíram de linha. Contudo, esse efeito foi, em parte, mitigado pela alta geral nos preços de carros usados que ocorreu nos anos seguintes.
Enquanto houve uma desvalorização inicial nos modelos de produção nacional, os veículos importados que a Ford passou a vender (como Ranger, Maverick e Bronco Sport) estão sendo vendidos em um volume maior do que o da antiga linha de veículos de entrada, indicando o sucesso da nova estratégia de focar em rentabilidade, não volume.
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Em resumo, a vida do proprietário de um Ford hoje:
| Ponto | Situação Atual (4 Anos Depois) |
| Peças | Boa disponibilidade para itens de rotina. Peças específicas podem exigir mais pesquisa, mas o suporte é mantido. |
| Manutenção | A rede de concessionárias Ford e oficinas especializadas continuam operando e prestando serviços. |
| Desvalorização | Houve um impacto inicial, mas o mercado de usados absorveu a maioria dos modelos populares. |
| Garantia/Pós-venda | Totalmente mantidos pela Ford, que continua com suas operações de vendas e serviços no país. |
Você tem um Ford Ka ou EcoSport? Conte-nos: como tem sido a manutenção e a revenda do seu carro após a saída da Ford do país?
Escrito por
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
Fonte: garagem360






