A Crueldade do Cinema de Guerra: Como Steven Spielberg retratou o horror vivido pelos soldados na Segunda Guerra Mundial

Em 1998, redefiniu o gênero de guerra graças a uma representação visceral e extremamente realista – especialmente durante a cena de desembarque em Omaha Beach, onde, para conseguir uma cena crua e realista do ataque, decidiu incluir veteranos de guerra amputados e .

Para o diretor, capturar a brutalidade da guerra exigia mais do que efeitos especiais ou atuações convincentes. Querendo homenagear os soldados e retratar fielmente seus sacrifícios, ele optou por escalar veteranos de guerra que haviam perdido membros em combate.

“Uma experiência mentalmente desmoralizante”

As filmagens da cena começaram em 27 de junho de 1997 em Ballinesker Beach, na Irlanda, onde o diretor submeteu os atores e figurantes a até 50 tomadas por dia – porque, em suas próprias palavras, “queria trabalhar rápido o suficiente para que” eles sempre sentissem que estavam em combate.

Paramount Pictures

No total, participaram cerca de 1.500 pessoas, incluindo 30 indivíduos amputados e veteranos de guerra paraplégicos equipados com próteses para representar soldados desfigurados. Spielberg colaborou com especialistas em efeitos práticos para projetar adereços que recriassem os ferimentos na tela de uma forma impressionante, mas respeitosa.

Graças à sua experiência, os veteranos puderam representar fielmente a perda traumática de membros – algo que atores sem essa experiência não poderiam reproduzir com igual verossimilhança.

A abertura de O Resgate do Soldado Ryan, com sua representação nítida do Dia D, foi elogiada como na história do cinema – tanto que o próprio filme até levou à abertura de para veteranos de guerra que reviveram o trauma do confronto.

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