Apesar de todo o glamour que envolve o mundo das celebridades, o famoso “quem vê close não vê corre” se aplica a inúmeros profissionais que se dedicam ao universo de Hollywood. Atores e atrizes não estão ilesos de alguns perrengues, muito menos realizam sempre projetos que, de fato, acreditam. No final do dia, ainda é um trabalho como muitos outros.
Assim como em outras profissões, artistas também precisam se submeter a certos projetos que não estão, necessariamente, engajados. Esse é o caso de O Destino de Júpiter, filme dirigido pelas irmãs Wachowski lançado em 2015.
Fruto da mente das diretoras mais promissoras dos anos 1990, quando lançaram o primeiro Matrix, o longa era aguardado com grandes expectativas pelo público, No entanto, por parte da equipe, o elenco já estava certo de que a narrativa seria uma desastre.
Após a estreia, o projeto conquistou apenas 20% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes, além de arrecadar “míseros” 183 milhões de dólares, frente a um orçamento de US$ 210 milhões. Dessa forma, a película foi considerada um dos maiores fracassos de Hollywood.
A trama acompanha Jupiter Jones (Mila Kunis), a descendente de uma linhagem que a coloca como a próxima ocupante do posto de Rainha do Universo. Sem saber disso, ela segue sua vida pacata trabalhando como empregada doméstica nos Estados Unidos, país onde vive após deixar a Rússia. Um dia, ela recebe a visita de Caine (Channing Tatum), um ex-militar alterado geneticamente que tem por missão protegê-la a todo custo e levá-la para assumir seu lugar de direito.
À Variety, Tatum confirmou que o processo de gravação do longa foi repleto de obstáculos. “Fiz quatro filmes seguidos sem tirar folga. Não fui tão bom quanto gostaria nos dois últimos filmes porque não tinha energia. O Destino de Júpiter foi um pesadelo desde o início “, disse ao veículo. “Todos nós passamos sete meses quebrando nossas costas. Foi difícil.”
Neste ano, Kunis também voltou a falar sobre o projeto. Durante uma entrevista ao podcast Happy Sad Confused, a atriz revelou que o clima de angústia atingia a todos os membros da equipe, já que tinham noção de que cortes orçamentários prejudicariam a produção desde o início.
” Quando descobrimos? Antes de começarmos a filmar, nossa produção foi cortada pela metade. Naquela época, o orçamento original era o dobro e você pode fazer muito mais com muito mais dinheiro e muitas vezes esses tipos de roteiros têm um história muito boa e outras coisas extraordinárias”, explicou.
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Outro artista que abordou o projeto há pouco tempo foi Eddie Redmayne, que, curiosamente, ganhou o Oscar de Melhor Ator por A Teoria de Tudo no mesmo ano em que o projeto de Lily e Lana foi lançado.
“Viver na história dos memes. Aquele mundo estava muito além do meu nível de imaginação. Eu só queria nadar na imaginação das Wachowskis. Eu não tinha ideia do que estava fazendo, não sabia nada sobre o orçamento, mas eu me diverti muito fazendo isso “, afirmou ele ao IndieWire sobre interpretar o caricato vilão da trama.
“Só me lembro que o personagem que eu estava interpretando era incrivelmente vaidoso e esmagou os humanos para que pudesse viver mais, então a coisa mais importante era que eu tinha abdômen e era bronzeado”, lembrou o ator.
Caso ainda não tenha visto, O Destino de Júpiter está disponível na HBO Max.
Fonte: adorocinema.com
