O que já é considerado um dos piores vazamentos de um oleoduto continental nos Estados Unidos nos últimos dez anos tem causado transtornos a habitantes da pequena cidade rural de Washington, no Kansas — estado do centro-oeste americano –, além de danos “incontáveis” à fauna e flora locais, dizem autoridades.
Enquanto moradores queixam-se do forte cheiro deixado pelo derramamento e em meio ao trabalho das equipes de emergência que atuam para limpar a área, a operadora do Keystone Pipeline, a TC Energy, afirmou na última sexta-feira, 9, que já avalia reiniciar a linha de distribuição. O oleoduto transporta 622.000 barris de petróleo por dia para refinarias e centros de exportação americanos e está fechado desde a última quarta-feira, 7, quando teve início o vazamento.
O caso é monitorado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e pelo regulador Pipeline and Hazardous Materials Administration, que afirmou que a TC Energy fechou o oleoduto sete minutos depois de receber um alarme de detecção de vazamento.
A empresa, no entanto, não apresentou um prazo para o restabelecimento do serviço e nem apontou as possíveis causas do vazamento. Investigadores federais apuram o que pode ter sido responsável pelo incidente.
Segundo autoridades locais, não houve prejuízos no abastecimento de água e nem evacuação de moradores. A TC Energy alocou cerca de 100 trabalhadores para os trabalhos de limpeza e rescaldo, que montaram uma área de contenção para impedir que o óleo avançasse rio abaixo.
De acordo com a Bloomberg News, a TC Energy pretende restabelecer já neste sábado, 10, um trecho do oleoduto que transporta petróleo para o Illinois — ao leste do Kansas. Outro trecho, que envia a matéria-prima para Oklahoma, ao sul do estado atingido, deverá ser reativado em 20 dezembro.
Este já é o terceiro grande derramamento do Keystone Pipeline desde sua inauguração, em 2010. O oleoduto tem mais de 4.000 quilômetros de extensão e interliga o sudoeste do Canadá ao meio-oeste americano. Outro vazamento da tubulação fez com que o oleoduto ficasse fechado por duas semanas.
Fonte: Veja