O plantio da soja atinge 81% da área no Rio Grande do Sul. Na semana passada, eram 73%. Em igual período do ano passado, 86%.
A média para os últimos cinco anos é de 88%. A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares.
A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha.
A ocorrência de chuvas esparsas e de volume variado determinou o curso da semeadura.
Em locais onde as precipitações não foram capazes de repor o teor de umidade nos solos, a operação permaneceu suspensa.
Já onde as chuvas foram satisfatórias, foi dado o prosseguimento.
As lavouras ainda em fases inicias de desenvolvimento, após as precipitações, apresentaram melhora no estabelecimento, com emissão de novos trifólios, com folhas bem desenvolvidas e coloração verde mais intensa.
Onde não ocorreram chuvas, ou o volume foi insuficiente, as plantas apresentaram sintomas de déficit hídrico, como murchamento de folhas.
Nas condições atuais de exploração, com altas temperaturas e grande insolação, aumentam a evapotranspiração e a demanda por água. É necessária uma reposição, através de precipitações ou irrigações, numa periodicidade no mínimo semanal, para a correta evolução de ciclo da cultura e para a manutenção do seu potencial produtivo.
Em relação ao aspecto fitossanitário, onde houve a reposição de umidade, os produtores retomaram o controle de ervas daninhas e o monitoramento de pragas.
Plantio de milho
O plantio de milho atinge 88% da área no Rio Grande do Sul. Na semana passada, eram 84%. Em igual momento do ano passado, 90%. A média para os últimos cinco anos é de 91%.
A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade estimada é de 7.337 kg/ha.
A cultura apresenta implantação lenta em decorrência do período seco, da priorização da atividade na soja ou ainda por escalonamento de plantio, visando diminuir os riscos climáticos. O índice atual de plantio é de 88% da área.
Entre os estádios fenológicos, 48% das lavouras ainda se encontram em fase vegetativa e tem o desenvolvimento um pouco afetado nas regiões de chuvas insuficientes.
A proporção de lavouras em estádio reprodutivo é de 50%. Há alta demanda por água, e o tempo seco compromete o potencial produtivo.
Na metade Oeste do estado, a ocorrência de precipitações entre 30/11 e 04/12 amenizaram a situação, mas não viabilizaram a recuperação do potencial produtivo perdido de algumas lavouras.
Nessas regiões, já é possível contabilizar perdas em lavouras em fase de enchimento de grãos. Onde o tamanho das espigas é reduzido, o número de grãos por espiga é muito inferior ao esperado, e há muitas falhas na fecundação.
Nas regiões onde ocorreram chuvas satisfatórias, houve prosseguimento de tratos culturais em lavouras com implantação mais tardia, como o controle de plantas invasoras, a adubação nitrogenada em cobertura e o monitoramento e controle de pragas (cigarrinhas e lagarta do cartucho).
Fonte: canalrural