O Rio Grande do Sul pode colher a maior safra de verão da história em 2023, caso o clima permitir.
A expectativa é do presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira.
Os bons resultados da safra de inverno de 2022 permitiram um aumento da área de verão para a temporada atual.
A alta projetada para o ano que vem, incluindo verão e inverno é de 4,5%. O otimismo leva em conta os preços vantajosos.
A área total para 2023 é projetada em 10,566 milhões de hectares. Em caso de normalidade climática, a produção deve crescer 58,6%, chegando a 40,867 milhões de toneladas.
A Farsul também projeta faturamento recorde em 2023.
O Valor Bruto da Produção (VBP) deve crescer 51,5%, ou R$ 28,97 bilhões.
Segundo o oeconomista-chefe da Farsul, Antonio da Luz, a estiagem que atingiu a última safra foi responsável pela perda de 31% da produção gaúcha. Somente na soja, o impacto foi de 54%.
Assim, com a normalidade climática, a expectativa para a próxima safra é de resultados positivos. Um destaque foi a redução da área das lavouras de arroz, “se adequando ao mercado que o grão vive. Houve aumento no milho, na soja, e um grande aumento no trigo. Fizemos uma conta e vimos que estamos crescendo numa área conhecida, na nossa própria área, ocupando melhor o inverno, que, aliás, é justamente esse o principal objetivo do programa Duas Safras”, comentou.
O economista anunciou que, se tudo ocorrer com normalidade, o estado irá colher pela primeira vez na história, mais de 40 milhões de toneladas. O faturamento dos produtores também deverá ter crescimento. A soma de toda produção deve girar nos R$ 140 bilhões.
Para a economia nacional, a projeção da equipe econômica é de que o PIB de 2022 tenha um crescimento de 2,92% em 2022 e 0,73% para 2023.
Já para o Rio Grande do Sul, a estimativa é de uma queda de 3,64% em 2022 e alta de 5,86% em 2023. Na agropecuária gaúcha o movimento deve ser de uma queda de 53% em 2022 e crescimento de 59% em 2023, impacto direto da estiagem na economia gaúcha.
“O Rio Grande do Sul teria crescido significativamente mais do que o Brasil neste ano não fosse nossa estiagem e esses números vão de encontro com aquilo que nós prevíamos lá no início do ano”, disse Luz.
Fonte: canalrural