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Agronegócio

UE tem que pagar quem cuida de floresta, defende Joaquim Leite

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O Parlamento Europeu chegou a um acordo preliminar nesta terça-feira (6), que proíbe a entrada de commodities de áreas ligadas ao desmatamento no mercado europeu, o que tem potencial para afetar as exportações do Brasil.

A medida obrigará as empresas exportadoras a comprovar por meio da chamada declaração de “due diligence” que essas mercadorias não são provenientes de áreas com desmatamento ou de florestas derrubadas ilegalmente após 31 de dezembro de 2020.

O regulamento prevê o controle sobre as importações de carne bovina, óleo de palma, soja, madeira, cacau, café e outros produtos.

De acordo com o texto acordado, embora nenhum país ou commodity seja banido, as empresas não poderão vender seus produtos na União Europeia (UE) sem esse tipo de declaração.

Repercursão

Ainda nesta terça-feira (6), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse que a União Europeia deveria remunerar quem cuida de floresta.

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“Nós temos que mostrar claramente que a produção brasileira está atrelada à vegetação nativa e a proteção. Não sai produto do Brasil, sem o produtor estar cuidando da floresta”, disse.

Leite participou da reunião ordinária da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), onde falou sobre a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP27), realizada no Egito, no mês de novembro.

A estratégia de abordagem na última COP foi explicada pelo ministro, que afirmou a necessidade de mostrar ao resto do mundo que o Brasil é parte da solução energética tão discutida. Joaquim ressaltou que acordos internacionais foram realizados graças às ações realizadas nos últimos anos, que deixaram cristalino o interesse do país pela sustentabilidade.

“Tínhamos que mostrar que o Brasil é parte da solução energética, por isso fizemos o maior stand já feito em uma Conferência. Levamos um modelo de que o setor privado é a solução para criar uma nova economia neutra até 2050. Como resultado, fechamos acordo de floresta com a Indonésia e o Congo. Junto com eles, devemos mostrar que o marco legal feito pelo país em questões como os Pagamentos por Serviços Ambientais, Crédito de Carbono e ativos ambientais, temas apoiados pela FPA, sugerem um Brasil muito à frente dos outros países”, explicou.

Para Joaquim Leite é primordial que os brasileiros consigam reconhecer que o trabalho realizado pelo setor produtivo faz da agricultura convencional do Brasil a mais regenerativa do mundo. Mais que isso, transformar desafios em negócio e soluções climáticas.

“Nossos produtores cuidam muito bem do solo e isso precisa ser compartilhado para que a verdade prevaleça. Nossa estratégia, além de mostrar o quanto o Brasil cuida da natureza, é sair de um tema passivo para um ativo. Colocar a agricultura como uma atividade que pode compensar e gerar renda com a emissão de gases”.

Fonte: canalrural

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