O deputado federal Nelson Barbudo (PL) considera legítimas as manifestações antidemocráticas que estão sendo feitas desde a vitória do presidente Lula (PT) contra Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições deste ano. Segundo ele, sua ala não cogita nenhuma tipo de golpe, mas aguarda, “dentro das quatro linhas da Constituição”, as contestações feitas pelo partido sobre supostos problemas nas urnas, o que já foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ponto a ponto.
“As manifestações são legítimas e democráticas, enquanto pacíficas. O povo tem direito a se manifestar, desde que não interfira no direito de ir e vir. O pessoal não quer reconhecer a vitória do Lula e eu acho que é uma maneira que eles têm de reivindicar o que acham correto. Tem que ser pacífica e sem atrapalhar o direito do cidadão”, pontuou Barbudo.
Sobre o presidente Jair Bolsonaro ter confirmado que não vai passar a faixa para o presidente eleito Lula, Barbudo disse que este é um direito dele. Além disto, pontuou que não há o que se falar em golpe.
“Estamos esperando que as coisas aconteçam dentro da normalidade. Ninguém da nossa ala fala em golpe. É algo que na democracia não deve existir, está fora. Se ele não passar, é motivo pessoal dele. Acredito que agora é dar sequência no processo eleitoral. O que for dentro das quatro linhas, acho normal. Tem diplomação, posse, o que deve acontecer, será na normalidade”, pontuou.
Ele disse ainda que se o processo foi normal e correto, Lula assumirá. Caso contrário, isso não acontecerá.
“Tem processo correndo ainda, a questão das urnas. Existem coisas que podem não estar dentro da normalidade. Não é normal 250 mil urnas com o mesmo número. Não sei, acho que não. Quem decide isso? A Justiça e a Constituição. Sem se falar em golpe”, finalizou.
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, reforçou pedido para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reveja os votos computados em 279 mil urnas eletrônicas, mas apenas no segundo turno das eleições de 2022, realizado em 30 de outubro. Em representação enviada ao TSE na terça-feira, 22, a legenda alega que há falhas nos números de série dos equipamentos de modelos anteriores ao ano de 2020, mas não apresenta evidências de fraudes.
Fonte: esportesenoticias