No Brasil, um terço de sangue zebu e dois terços de britânico, a raça brangus vem crescendo ano após ano. Segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) de 2018 para 2022 houve um crescimento de 94% nas vendas de sêmen da raça, sendo que 137% desse crescimento foi somente de sêmens de touros nacionais.
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Para o gerente de produto de corte europeu da CRV, empresa de comercialização de sêmen do país, Delmiro Rodrigues, as necessidades e objetivos de quem está ao Sul, são diferentes do Brasil central. E é justamente nessa diferença que o brangus se torna uma ótima opção.
“Quando falamos do cruzamento e do produto brangus, temos que falar de seus benefícios e assertividades, de onde a gente vai usar, seja no cruzamento, seja no tricross. A raça, por ter um perfil extremamente adaptável, vai crescer cada vez mais e quanto mais os criadores olharem para o centro do país e identificarem que ali também funciona um mercado adepto, via inseminação, mais conseguiremos expandir a raça”, explica Rodrigues.
Entre os estados que mais comercializaram o sêmen da raça estão:
- Mato Grosso do Sul (14%);
- Rio Grande do Sul (13%);
- Pará (12%);
- Mato Grosso (11%);
- Tocantins (9%).
Setor comemora crescimento da raça brangus
Para entidades do setor e pecuaristas, trata-se de um demonstrativo de que a raça vêm expandindo e sendo cada vez mais exploradas em outras regiões.
“O Sul com certeza já sabe da importância da raça e de todo o seu potencial produtivo, mas ver a crescente desses números com relação à disseminação da nossa genética em outras regiões, é um importante demonstrativo de como a raça pode contribuir com uma pecuária de maior precisão e resultados”, enfatiza o presidente da Associação Brasileira Brangus (ABB), Ladislau Lansarics Junior.
Mauricio Garcia, produtor rural da cidade de Chapadão do Céu, em Goiás, utiliza a raça desde 1999 no ciclo completo de produção e segundo ele os resultados com o uso do brangus são vistos na balança.
“Nos entrega a rusticidade necessária para os animais estarem à campo” — Mauricio Garcia
“Eu sabia que touro de raças taurinas dificilmente suportaria trabalhar em nossa região, então, primeiramente eu investi no uso do brangus em IATF e depois adquiri o próprio animal porque os resultados foram muito satisfatórios, nos entrega a rusticidade necessária para os animais estarem à campo, desempenho esperado desde peso à desmama, ao abate, precocidade sexual e de terminação, qualidade da carne, é uma raça equilibrada que está sempre atingindo os melhores resultados entre os critérios que buscamos”, afirma Garcia.
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Fonte: canalrural