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Agronegócio

Demanda por diesel atinge marca histórica no Brasil

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A demanda brasileira por combustíveis aumentou no primeiro semestre, aponta pesquisa feita recentemente pela Stone X. As vendas de diesel, por exemplo, bateram recorde, com 30,42 milhões de metros cúbicos. A demanda por gasolina teve crescimento de quase 11%, com 19,7 milhões de metros cúbicos. Em relação ao etanol hidratado, o levantamento aponta, no entanto, queda de 15,7% nas vendas, com 7,7 milhões de metros cúbicos.

Para o analista de inteligência de mercado da Stone X, Bruno Santos, dois fatores ajudaram a impulsionar a demanda do diesel no país. O primeiro, de acordo com ele, foi o fluxo de veículos pesados, que cresceu 2,1% no comparativo de janeiro a julho de 2022 com o mesmo período do ano passado. O outro — tido pelo especialista como o principal — foi o crescimento recente do Produto Interno Bruto (PIB).

“Esse cenário acaba garantindo um aumento muito acelerado da demanda por diesel” — Bruno Santos

“Paralelo a isso, temos outros indicadores econômicos positivos que auxiliaram, como o aumento da renda do consumidor e a redução da taxa de desemprego”, disse Santos ao participar da edição desta quinta-feira (11) do telejornal ‘Mercado & Companhia’, do Canal Rural. “Esse cenário acaba garantindo um aumento muito acelerado da demanda por diesel”, prosseguiu.

Preço do diesel está defasado

bruno santos - stone x - diesel

Bruno Santos durante conversa com Pryscilla Paiva | Foto: Canal Rural/reprodução

Na conversa com a jornalista Pryscilla Paiva, apresentadora do ‘Mercado & Companhia’, Bruno Santos ressaltou que, segundo indicadores da Stone X atualizados até quarta-feira (10), há a necessidade de se ajustar o preço do diesel no mercado brasileiro. Ele falou que o valor indicado de atualização do valor seria de R$ 0,79 — o que estaria em sintonia com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

“Mas essa alteração [de preço] será feita de forma lenta e gradual”, observou o analista. Fora o valor, Santos destacou que o avanço do conflito entre Ucrânia e Rússia pode impactar — um pouco — a importação do combustível. Durante a entrevista, no entanto, ele ressaltou que não vislumbra risco de desabastecimento no Brasil no decorrer dos próximos meses.

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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