Mato Grosso

Mato Grosso: 100% de mão de obra de reeducandos na construção de prisões – Impacto positivo na ressocialização

Grupo do Whatsapp Cuiabá
2025 word1
A utilização de mão de obra de pessoas privadas de liberdade na construção de obras públicas é um dos eixos da política de reintegração social do Governo de Mato Grosso, executada pela Secretaria de Justiça. Um dos exemplos é a nova unidade prisional de Barra do Garças, que está com 95% das obras concluídas.

Com capacidade para 432 vagas, o presídio integra o plano de expansão do Sistema Penitenciário estadual que, desde 2019, mais que dobrou o número de vagas em Mato Grosso. A unidade está localizada às margens da BR-158 e tem toda a execução realizada por reeducandos, que recebem remuneração pelo trabalho.
Parte da mão de obra atua na fábrica de soluções de engenharia e de pré-moldados anexa à Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, onde são produzidas as estruturas da obra. Posteriormente, o material é transportado para Barra do Garças, onde outro grupo de custodiados da unidade local é responsável pela montagem.
Segundo o secretário de Justiça, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, todas as unidades prisionais construídas no Estado utilizam exclusivamente mão de obra de pessoas privadas de liberdade. “Além dos presídios, essa parceria também viabiliza a construção de escolas e moradias. Quando o reeducando deixa a unidade prisional, há a possibilidade de continuidade no emprego, fortalecendo o processo de reintegração social”, destacou.
A entrega do novo presídio de Barra do Garças está prevista para o início de 2026. De acordo com o secretário, a unidade vai além da ampliação do número de vagas. “Ela representa a adoção de um modelo que atende aos padrões de segurança e assegura a oferta de programas de trabalho e educação, fundamentais para que os custodiados tenham uma real oportunidade de reinserção na sociedade”, afirmou.
Além da unidade no leste do Estado, a mão de obra de reeducandos também é empregada em outras construções públicas, como escolas e moradias. Uma escola no município de Sorriso está em fase final de obras. A ampliação de unidades prisionais também contou com esse modelo, como os novos raios da Penitenciária Central do Estado, além das penitenciárias de Sinop e Rondonópolis e do Centro de Ressocialização de Várzea Grande.
Entre 2019 e 2025, o Governo de Mato Grosso investiu R$ 380 milhões na melhoria da infraestrutura penitenciária, com ações de construção, ampliação e modernização de unidades existentes, além da implantação de novos presídios. Com esses investimentos, foram criadas 7.796 novas vagas, elevando a capacidade do sistema de cerca de 6 mil para mais de 13 mil vagas.
O secretário de Justiça ressaltou que a modernização da estrutura penal é essencial para ampliar as ações de ressocialização. “O Estado avançou significativamente na reestruturação do sistema penitenciário. As obras em andamento e as previstas para 2026 ampliam o número de vagas e proporcionam melhores condições de trabalho aos policiais penais, além de um ambiente mais adequado à ressocialização dos reeducandos”, pontuou.
Atualmente, há três novas unidades prisionais em construção ou em processo de contratação. Uma delas está localizada em Várzea Grande, na região do Capão Grande, com capacidade para 432 vagas, e teve as obras iniciadas em 2025.
Outras duas unidades estão em fase de contratação e serão destinadas ao público prisional feminino: uma em Rondonópolis, com 232 vagas, e outra em Sinop, com capacidade para 120 vagas.

 

Fonte: Olhar Direto

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.