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Operação em São Paulo prende suspeitos de feminicídio e violência doméstica: entenda o caso

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A Polícia Civil de São Paulo realizou nesta terça-feira (30) a operação Ano Novo, Vida Nova, voltada ao cumprimento de mandados de prisão por crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher. A ação mobilizou efetivo em diversas regiões do estado.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), as prisões tiveram início na véspera, quando 225 mandados judiciais foram executados em municípios paulistas.

Para a operação, foram mobilizados cerca de 1,7 mil policiais civis e mais de mil viaturas distribuídas em todo o território estadual. A iniciativa contou com coordenação conjunta da SSP-SP e da Secretaria de Políticas para a Mulher.

Segundo a delegada Cristiane Braga, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), a ação busca enfrentar a sensação de impunidade. Ela destacou que o objetivo é garantir resposta rápida e efetiva do Estado contra a violência doméstica.

Além das DDMs, participam da operação todos os Departamentos de Polícia Judiciária do Interior e as seccionais do Departamento de Polícia Judiciária da Capital.

O secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, afirmou que a prisão de agressores é essencial para preservar vidas e demonstrar a atuação firme do poder público no combate à violência contra a mulher.

A secretária de Políticas para a Mulher, Adriana Liporoni, reforçou que a iniciativa busca agir de forma preventiva, evitando que episódios de violência evoluam para desfechos mais graves.

Feminicídio

O feminicídio é caracterizado pelo homicídio de uma mulher motivado por questões de gênero, geralmente associado à violência doméstica, ao menosprezo ou à discriminação contra a condição feminina.

Trata-se da forma mais extrema da violência de gênero e, no Brasil, é classificado como crime hediondo, com pena de reclusão que pode variar de 12 a 30 anos.

Contexto de aumento de casos

A operação ocorre em meio ao crescimento dos registros de feminicídio na capital paulista. Em 2025, a cidade alcançou o maior número de casos desde o início da série histórica, em 2015.

Entre os episódios recentes de grande repercussão está o caso de Tainara Souza Santos, de 31 anos, que morreu após ser vítima de um atropelamento ocorrido na Marginal Tietê. O suspeito foi preso após investigações da Polícia Civil.

O delegado Fernando Barbosa Bossa classificou o caso como tentativa de feminicídio, apontando a motivação ligada à não aceitação do fim do relacionamento e ao sentimento de posse.

Fonte: cenariomt

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