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Corrida Silvestre atinge 100 edições com recorde de participantes

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A Corrida Internacional de São Silvestre chega em 2025 à sua centésima edição consolidada como a mais tradicional prova de rua do Brasil. O evento, realizado sempre no dia 31 de dezembro, alcança neste ano um recorde histórico, com mais de 50 mil corredores inscritos, entre atletas profissionais e amadores.

A prova nasceu em 1925, idealizada pelo jornalista Cásper Líbero após ele se encantar com uma corrida noturna que presenciou em Paris. Inspirado pelo formato e pelo clima festivo, Líbero trouxe a ideia para São Paulo e criou uma competição que marcaria o encerramento do ano esportivo brasileiro. A primeira largada ocorreu no Parque Trianon, na Avenida Paulista, com percurso de 8,8 quilômetros.

O vencedor da edição inaugural foi Alfredo Gomes, atleta negro que já havia representado o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris em 1924. Ele completou o trajeto em 23 minutos e 19 segundos, tornando-se um dos nomes históricos da corrida.

Ao longo das décadas, a São Silvestre evoluiu e se internacionalizou. Até 1944, apenas brasileiros e estrangeiros residentes no país podiam competir. A partir de 1945, atletas de outros países passaram a participar oficialmente, ampliando o alcance da prova e elevando o nível técnico da disputa.

A competição também acompanhou transformações sociais importantes. As mulheres passaram a integrar a prova em 1975, enquanto atletas com deficiência conquistaram espaço com largadas específicas, reforçando o caráter inclusivo do evento. Atualmente, há categorias para elite masculina e feminina, cadeirantes, atletas PCD e corredores amadores.

Entre os maiores vencedores estão a portuguesa Rosa Mota, com seis títulos consecutivos, o queniano Paul Tergat, com cinco conquistas, e o brasileiro Marilson Gomes dos Santos, tricampeão. No feminino, Maria Zeferina Baldaia marcou época ao vencer a edição de 2001, tornando-se símbolo de superação e inspiração no esporte nacional.

Além da disputa esportiva, a São Silvestre se destaca pelas histórias pessoais que carrega. Muitos participantes veem a prova como uma celebração, um desafio individual ou um rito de passagem, reforçando o vínculo entre esporte, cidade e população.

A centésima edição reafirma a força da corrida como evento democrático e cultural, capaz de reunir atletas de diferentes origens e transformar as ruas de São Paulo em palco de celebração, memória e superação no encerramento do ano.

Fonte: cenariomt

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