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iPhone: Apple vai liberar uso de apps externos além da App Store

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  • A única maneira de instalar aplicativos no iPhone ou no iPad é por meio da App Store, que a Apple controla com firmeza. Ela também fica com parte do dinheiro que passa pela loja, uma gigantesca fonte de receita: em 2024, a lojinha de aplicativos do iOS movimentou nada menos do que US$ 1,3 trilhão no mundo (o equivalente a mais da metade do PIB brasileiro). A Apple impõe condições e analisa os apps antes de permitir sua entrada na App Store. Esse processo é um pilar central da segurança do iOS.

    Mas também tem um lado questionável. Ao longo dos anos, a Apple foi acusada de reter uma fatia gorda demais do dinheiro (ela fica com 30%; no caso de apps pequenos, que faturem até US$ 1 milhão por ano, a taxa é de 15%), bem como prejudicar a livre concorrência no mercado de software. Isso levou a União Europeia a aprovar uma lei, a Digital Markets Act, que na prática obriga a Apple a permitir outras lojas de aplicativos no iOS. Agora, isso vai acontecer no Brasil também. 

    O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aceitou uma proposta feita pela Apple, que irá relaxar certas restrições atualmente vigentes no iOS. Os desenvolvedores de apps poderão oferecer meios de pagamento alternativos aos usuários (não só o da própria Apple) e, o ponto mais crítico, “a Apple também deverá permitir a abertura de canais alternativos para distribuição de aplicativos (lojas alternativas)”, afirma o Cade. 

    A Apple tem um prazo de até 105 dias para implantar as mudanças. Isso significa que elas deverão estar no ar até o final de março. Deverão surgir novas lojas de aplicativos, oferecendo títulos que não estão disponíveis na App Store (ou versões mais baratas de apps pagos). Na Europa, uma das principais é a Epic Games Store, que permite baixar jogos dessa desenvolvedora, como os populares Fortnite, Fall Guys e Rocket League Sideswipe

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    Os apps das lojas alternativas terão de passar por um processo de “notarização” (revisão) executado pela Apple, que irá verificar se eles contêm vírus ou são nocivos de alguma forma. A empresa também possui certo poder sobre as lojas em si. Em agosto, ela removeu o aplicativo iTorrent, que serve para baixar arquivos (incluindo conteúdo pirata), da loja independente AltStore PAL, criada por dois programadores europeus. 

    Isso acontece porque a Apple controla as ferramentas usadas para fazer os aplicativos de iOS, e pode revogar a licença de distribuição de qualquer um deles – o que, na prática, impede que seja oferecido em lojas alternativas.  

    Fonte: abril

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