A paralisação parcial dos profissionais de enfermagem da Santa Casa de Campo Grande entrou no segundo dia e segue mantida nesta terça-feira (23), mesmo após decisão da Justiça do Trabalho favorável à categoria. Os trabalhadores também realizaram uma nova manifestação em frente ao hospital durante a manhã.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul, cerca de 50% dos profissionais aderiram ao movimento, enquanto a outra metade continua atuando para garantir o funcionamento mínimo da unidade hospitalar. A paralisação ocorre em protesto ao atraso no pagamento do 13º salário.
A categoria rejeitou a proposta apresentada pela Santa Casa, que previa o pagamento do benefício integral de forma parcelada em três vezes. Diante do impasse, o sindicato ingressou com uma ação coletiva na Justiça do Trabalho, que determinou que o hospital efetue o pagamento imediato do 13º salário, em valor integral, até o dia 24. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 1.000.
Apesar da decisão, a assessoria de comunicação da Santa Casa informou que o hospital ainda não foi oficialmente intimado pela Justiça do Trabalho. Segundo a instituição, o que houve até o momento foi a entrega pessoal da ação judicial pelo presidente do sindicato, Lázaro Santana, ao departamento jurídico do hospital, enquanto a direção aguarda a notificação formal.
Em razão da paralisação, a Santa Casa divulgou um comunicado alterando a rotina de visitas aos pacientes. Agora, está permitida apenas a entrada de um familiar por paciente, com uma única visita diária no período da manhã, a partir das 11h, com duração de 30 minutos.
O movimento envolve não apenas profissionais de enfermagem, mas também trabalhadores das áreas administrativa e médica. Protestos já haviam sido realizados na entrada do hospital na segunda-feira (22).
O sindicato informou que a paralisação parcial será mantida até que haja uma definição sobre o pagamento do 13º salário, e afirma que seguirá acompanhando o cumprimento da decisão judicial.
Fonte: primeirapagina
