Saúde

Natal em Família: Fortalecimento de Vínculos e Valorização dos Idosos

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As festas de fim de ano, especialmente o Natal, costumam ser aguardadas com expectativa por famílias que veem nesses encontros uma chance de convivência e troca entre gerações. Para pessoas idosas, esse período tem um significado ainda mais profundo, associado à memória afetiva, ao pertencimento e à valorização dentro do núcleo familiar.

É o caso de Olinda Castilho Escobal, de 81 anos, moradora de São Paulo, que mantém a tradição de reunir filhos, netos e bisneta para celebrar. A programação inclui refeições preparadas em conjunto e momentos de confraternização que reforçam a proximidade entre familiares de diferentes idades.

Histórias semelhantes se repetem em outros lares. No Rio de Janeiro, Tania Santana Madalena, de 80 anos, preserva o hábito de encontros familiares iniciado ainda na juventude. As reuniões, que atravessam décadas, ajudaram a criar vínculos sólidos entre filhos, netos e demais parentes, mantendo viva a convivência entre gerações.

Segundo a psicóloga Valmari Cristina Aranha Toscano, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, as festas de fim de ano devem ser momentos de integração ativa. Ela ressalta que os idosos não devem ser apenas convidados, mas participantes centrais das celebrações, com espaço para opinar, contribuir e compartilhar experiências.

Apesar do clima festivo, a especialista lembra que esse período também pode intensificar sentimentos de ausência e saudade. Por isso, a inclusão dos mais velhos ajuda a reduzir sentimentos de isolamento e reforça a sensação de pertencimento. Pequenos gestos, como preparar uma receita tradicional ou relembrar histórias antigas, têm grande impacto emocional.

A psicóloga destaca ainda que, em um cenário marcado pelo uso excessivo de tecnologia, encontros presenciais ganham ainda mais relevância. As ceias, os rituais familiares e até brincadeiras coletivas estimulam a interação e afastam o distanciamento provocado pelas telas.

Outro ponto de atenção é o cuidado com conflitos. O período, segundo a especialista, não deve ser usado para resolver pendências antigas. A recomendação é priorizar tolerância, diálogo leve e temas que promovam união, evitando assuntos que possam gerar atritos.

Além do fortalecimento dos laços familiares, a convivência entre gerações contribui diretamente para a saúde mental. A troca de experiências beneficia jovens e idosos, criando memórias compartilhadas e promovendo acolhimento emocional.

Para quem não possui vínculos familiares próximos, a orientação é buscar alternativas. Amigos, vizinhos e grupos sociais também podem formar redes de apoio. Ninguém deve passar as festas sozinho, reforça a psicóloga, que incentiva atitudes solidárias, como convidar quem está isolado para participar das celebrações.

Fonte: cenariomt

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