Saúde

Orcas e golfinhos formam parceria incomum para caçar salmões: vídeo incrível!

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  • Algumas amizades no mundo animal parecem improváveis. Os camarões-pistola e os peixes gobídeos, por exemplo, poderiam até representar um relação de caça e caçador, mas, em alguns casos, esses par trabalha junto para se beneficiar de situações. O camarão cava buracos e compartilha com um gobídeo. Fora da toca, a dupla permanece próxima: quando o peixe avista um predador, utiliza sinais químicos e corre para se esconder na toca compartilhada. O camarão se baseia nesses sinais para saber quando precisa se esconder.

    Esse tipo de mutualismo é conhecido como facultativo, ou seja, as espécies obtêm benefícios de seu relacionamento, mas poderiam sobreviver independentemente umas das outras.

    Agora, nas águas frias da costa da Colúmbia Britânica, cientistas observaram este tipo de mutualismo que desafia antigas suposições sobre a vida marinha: orcas e golfinhos, espécies historicamente vistas como competidoras, parecem cooperar na busca por alimento. 

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    A cena lembra um balé cuidadosamente coreografado – ainda que, à primeira vista, pareça puro caos. Orcas residentes, conhecidas por sua dieta baseada em peixes, seguem grupos de golfinhos-de-flanco-branco-do-Pacífico durante longas caçadas ao salmão Chinook. Sob a superfície, no entanto, o que se desenrola não é perseguição nem oportunismo barato, mas algo mais próximo de uma parceria estratégica.

    Um novo estudo publicado nesta semana na revista Scientific Reports sugere que essas duas espécies não apenas coexistem, mas colaboram ativamente durante a caça. A pesquisa, liderada por Sarah Fortune, ecóloga marinha da Universidade Dalhousie, oferece as primeiras evidências detalhadas de forrageamento cooperativo entre as duas espécies. 

    “Às vezes, um amigo improvável pode levá-lo direto a um banquete”, disse Fortune ao The New York Times. Segundo ela, a ideia de que os golfinhos apenas “roubavam restos de peixe” das orcas não se sustenta diante dos dados coletados. 

    Para observar essas interações, os pesquisadores equiparam orcas residentes com etiquetas presas por ventosas, contendo câmeras e gravadores acústicos. Drones captaram imagens aéreas, enquanto os dispositivos subaquáticos registraram vídeos, sons e padrões de ecolocalização. 

    Em pelo menos 25 ocasiões documentadas, as orcas seguiram os golfinhos durante a busca por presas. Quando os golfinhos mergulhavam, as orcas os acompanhavam. Em profundidades maiores – onde os salmões costumam nadar – os golfinhos pareciam atuar como batedores, emitindo cliques de ecolocalização e ajudando a localizar os peixes. 

    Em alguns casos, as orcas chegaram a compartilhar salmões capturados, enquanto os golfinhos aproveitavam fragmentos da refeição. Segundo os pesquisadores, os golfinhos não conseguem capturar e engolir os salmões Chinook por inteiro. Ou seja, receber pedaços mastigadinhos das orcas é um baita bônus. 

    “Ao trabalharem em conjunto, as orcas conseguem conservar energia e usar os golfinhos como batedores equipados com radar para aumentar as suas chances de encontrar grandes salmões Chinook em profundidades maiores. Em troca, os golfinhos ganham proteção contra predadores e acesso a restos de um dos peixes mais valiosos do oceano. É uma situação vantajosa para todos os envolvidos.”

    Os dados acústicos revelaram ainda que as duas espécies alternavam momentos de ecolocalização, levantando a hipótese de que estariam “escutando” umas às outras. Um eco detectado por um golfinho poderia, potencialmente, ser aproveitado por uma orca – e vice-versa – ampliando a eficiência da caça. 

    Veja os vídeos da caça: 

    Fonte: abril

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