Em meio a vento, chuvas e temperaturas abaixo de 0ºC, a Ucrânia está correndo nesta sexta-feira, 25, para restaurar a energia em todo o país, depois que a Rússia disparou uma nova leva de mísseis contra infraestruturas essenciais do país. Mas as condições climáticas cada vez mais duras estão retardando os esforços, de acordo com a empresa nacional de abastecimento de energia.
“O ritmo de restauração [para consumidores domésticos] é retardado por condições climáticas difíceis: devido a ventos fortes, chuva e temperaturas abaixo de zero à noite, gelo e rajadas de vento nas redes de distribuição aumentam os danos causados pelos mísseis russos”, afirmou a Ukrenergo, acrescentando que suas equipes estavam “trabalhando dia e noite para reparar os danos”.
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Segundo comunicado da empresa, mais de 70% das necessidades de consumo do país já foram atendidas, e quedas de energia foram revertidas em “instalações de infraestrutura crítica em todas as regiões: caldeiras, estações de distribuição de gás, concessionárias de água, estações de tratamento de esgoto”.
No entanto, ainda existe um déficit de eletricidade no sistema, e a Ukrenergo informou que vai manter apagões programados para aumentar as economias.
Em Kiev, capital ucraniana, cerca de 50% da população segue sem energia. A administração militar da cidade disse no Telegram, contudo, que o fornecimento de água foi totalmente restaurado, enquanto equipes de emergência trabalham para reparar os sistemas de aquecimento da cidade.
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Na quarta-feira 23, o ataque da Rússia a infraestruturas essenciais da Ucrânia resultou no fechamento temporário da maioria das usinas de energia do país e deixou a maioria da população sem eletricidade. As forças armadas ucranianas disseram que 70 mísseis russos foram lançados na tarde de quarta-feira – 51 deles abatidos –, juntamente com cinco drones de ataque.
Moscou voltou seu foco para a destruição de usinas de energia, hidrelétricas e barragens na Ucrânia logo antes do inverno começar no hemisfério norte. Sucessivas ondas de ataques deixaram grande parte do país sob contínuos apagões.
Fonte: Veja