Saúde

Estudo mostra que cérebros se sincronizam durante colaboração, como no filme Pluribus

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Um novo experimento realizado com um pequeno grupo de pessoas sugere que os humanos se conectam a nível neural quando colaboram para executar uma tarefa. O estudo, publicado no periódico PLOS Biology, coincide com o lançamento da série de ficção científica Pluribus, que descreve um mundo em que os humanos compartilham uma consciência coletiva.

As conclusões do novo estudo, é claro, dispensam as teorias da ficção. Elas mostram um traço intrínseco da humanidade: o de que evoluímos como seres sociais. Outras pesquisas já mostram que os cérebros de diferentes indivíduos sincronizam quando estão jogando videogame, conversando ou fazendo música.

O mesmo acontece quando duas pessoas colaboram para atingir um objetivo comum. O estudo conduzido pela Western Sydney University, na Austrália, reuniu 48 voluntários para investigar o tema. Cada pessoa ficou na frente de um computador que mostrava padrões em preto e branco (veja na imagem abaixo).

Os participantes foram divididos em 24 pares. A tarefa era simples: cada par deveria decidir como organizar essas imagens em quatro grupos de quatro com base em suas características (contraste, formato, espessura e padrão). Eles podiam conversar antes para decidir como classificariam as imagens, mas não podiam se comunicar quando estivessem de frente para o computador.

Enquanto isso, equipamentos de eletroencefalogramas (EEG) avaliavam a atividade cerebral de cada participante. Nos primeiros 45 a 180 milissegundos após a imagem aparecer na tela, todos os voluntários apresentaram atividade semelhante, já que estavam lidando com a mesma tarefa. 

O mais interessante ocorreu após os 200 milissegundos. A atividade cerebral permaneceu semelhante entre os membros do mesmo par, mas diferente de um par para outro. Essa tendência ficou mais forte à medida que o experimento avançava, sugerindo que as regras combinadas inicialmente reforçaram a “sincronização”.

Os pesquisadores fizeram o teste com “pseudopares” – ou seja, pessoas que coincidentemente seguiam as mesmas regras de organização, mas não faziam parte do mesmo par. A sintonia não era tão forte entre os pseudopares, sugerindo que trabalhar com o seu colaborador, em específico, faz diferença.

Segundo os autores, a metodologia do estudo tem aplicações em potencial para entender colaboração, comunicação e tomada de decisões em grupo.

Fonte: abril

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