Várzea Grande

Residencial em VG dominado pelo Comando Vermelho, alertam delegados da DHPP

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Delegados da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) afirmaram que o Residencial Jacarandá, em Várzea Grande, vive sob uma verdadeira “ditadura” imposta pela facção criminosa Comando Vermelho (CV). Segundo investigações da Polícia Civil, a região era chefiada por Bruno César Amorim Santos, de 38 anos, conhecido como “Véio” ou “Vasco”, apontado como líder criminoso e principal mandante de homicídios investigados pela polícia.

As informações foram repassadas pelos delegados Caio Albuquerque, titular da DHPP, e Nilson Farias, responsável pelo inquérito policial, na manhã desta sexta-feira (5), durante entrevista coletiva sobre a Operação Ditadura Faccional CPX. A ação tem como alvo integrantes da facção envolvidos no assassinato de José Wallafe da Costa e também na morte de Edinaldo Honorato Lopes, de 36 anos, crime que teria motivação passional.

De acordo com Caio Albuquerque, Bruno César era o principal alvo da investigação e exercia forte liderança criminosa na região. O criminoso morreu em confronto com policiais civis na madrugada desta sexta, em Várzea Grande.

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“Essa pessoa que infelizmente foi neutralizada era o principal alvo das investigações. Ele foi quem ordenou a morte dessa vítima [José Wallafe da Costa] que estávamos investigando. Então ali são provas contundentes, provas documentais, provas firmes que apontam ele como o mandante dessa morte, que orquestrou… Era um faccionado que exercia uma liderança e praticava o terror naquela população que fica ali homiziada naquela região daqueles predinhos, ficavam ali oprimidas naquela situação”, afirmou.

O delegado Nilson Farias destacou que o bairro vive uma realidade de extrema vulnerabilidade social e sob forte domínio do crime organizado, o que dificulta inclusive a atuação dos próprios moradores como colaboradores das investigações.

“Então realmente é um local precário e que carece da intervenção do Estado, porque ali, mesmo tendo essa operação, ainda vai precisar de muita intervenção do Estado para que aquelas pessoas possam viver de forma democrática, possam fazer suas denúncias sem ter que ficar só anonimamente. Infelizmente, uma pessoa que mora naquela localidade faz qualquer denúncia, está sendo sentenciada à pena de morte”, declarou.

Além disso, Nilson revelou que uma travesti, cuja identidade não foi informada, comunicou a execução do alagoano à mãe da vítima e posteriormente foi assassinada pelos faccionados. O caso é investigado pelo Núcleo de Desaparecidos, e até o momento o corpo ainda não foi localizado. 

“Na nossa investigação ficou claro que eles mataram também essa travesti por conta dela simplesmente ter intervido”, finalizou Nilson.

Fonte: leiagora

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