O primeiro lote disponibilizado pelo Ministério da Saúde contém 673 mil doses, que foram enviadas a todos os estados e ao Distrito Federal. Em Mato Grosso, a carga com 15.580 doses do imunizante chegou nessa quinta-feira (4).
Com os lotes distribuídos aos municípios mato-grossenses, a
expectativa é que a imunização comece na próxima semana. Até o momento, não foi repassado se todos os postos de saúde irão oferecer as doses.A oferta da vacina no SUS, que na rede privada pode custar até R$ 1,5 mil, foi viabilizada por meio de acordo entre o Instituto Butantan e o laboratório produtor, que assegurou a transferência de tecnologia ao Brasil. Com isso, o país passará a fabricar o imunizante, ampliando a autonomia e o acesso da população a essa proteção.
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e 40% dos casos de pneumonia em crianças menores de dois anos. A vacina oferece proteção imediata aos recém-nascidos, reduzindo as hospitalizações.
Em 2025, até o dia 22 de novembro, o Brasil registrou 43,2 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por VSR. Desses casos, a maior concentração de hospitalizações ocorreu em crianças com menos de dois anos de idade, totalizando mais de 35,5 mil ocorrências, o que representa 82,5% do total de casos de SRAG por VSR no período.
Como a maioria dos casos é decorrente de infecção viral, não existe tratamento específico para a bronquiolite. O manejo é baseado apenas no tratamento dos sinais e sintomas, que incluem: terapia de suporte; suplementação de oxigênio, conforme necessário; hidratação; e uso de broncodilatadores (substâncias que promovem a dilatação das pequenas vias aéreas nos pulmões), especialmente quando há chiados evidentes.
O grupo prioritário para receber a vacina são todas as gestantes a partir da 28ª semana de gravidez. Não há restrição de idade para a mãe. A recomendação é tomar dose única a cada nova gestação.
Com a chegada das doses às Unidades Básicas de Saúde (UBS), o Ministério da Saúde orienta as equipes a verificarem e atualizarem a situação vacinal das gestantes, incluindo influenza e covid-19, uma vez que a vacina contra o VSR pode ser administrada simultaneamente a esses imunizantes.
A eficácia dessa estratégia foi comprovada em estudos clínicos, como o Estudo Matisse: a vacinação materna demonstrou uma eficácia de 81,8% na prevenção de doenças respiratórias graves causadas pelo VSR nos bebês durante os primeiros 90 dias (três meses) após o nascimento.
Fonte: leiagora






