O Louvre ficará mais caro para quem vem de fora da Europa. A partir de 14 de janeiro de 2026, o ingresso passará a custar € 32 para visitantes que não pertencem ao Espaço Econômico Europeu – que inclui os países da União Europeia, além de Islândia, Liechtenstein e Noruega. Hoje o valor é de € 22, o que representa um aumento de 45%.
Os viajantes estrangeiros formam a maior parte do público do museu em Paris. Em 2024, 69% de 8,7 milhões de visitantes eram de outros países, sendo em sua maioria estadunidenses e chineses.
Por que o ingresso subiu?
O aumento foi aprovado pelo conselho de administração do Louvre e tem com objetivo fortalecer a situação financeira do museu para enfrentar problemas estruturais, modernizar espaços e ampliar a segurança. A expectativa é levantar entre € 15 e € 20 milhões a mais por ano, destinados a melhorias como a atualização das instalações.
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Os franceses já discutiam a necessidade de investimentos mais robustos, e os episódios recentes reforçaram essa demanda. Nos últimos meses, uma sequência de problemas evidenciou fragilidades do museu: em outubro, um roubo em plena luz do dia resultou no desaparecimento de joias de alto valor e expôs falhas no sistema de vigilância. Logo depois, em novembro, uma das alas precisou ser parcialmente fechada por questões estruturais.
O cenário não é isolado. Outros grandes ícones culturais da França, como o Palácio de Versalhes, a Sainte-Chapelle e o Château de Chambord, também estudam aumentos para financiar restaurações.
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O impacto para visitantes
A medida vale para todos os turistas de fora da Europa, incluindo os brasileiros. Com o reajuste, o ingresso individual passa de € 22 para € 32, enquanto visitantes que chegam em grupos guiados pagarão € 28. Em janeiro de 2024, o valor já havia subido de € 17 para € 22 para todos os públicos.
A decisão reacendeu o debate sobre o princípio de acesso universal à arte. Sindicatos franceses criticam o aumento para não europeus e afirmam que a mudança exigirá um controle mais rígido de nacionalidade na entrada, algo difícil de administrar em um museu que recebe milhares de pessoas por dia.
As discussões sobre superlotação também se intensificaram. Em junho, uma greve de funcionários fechou o museu por um dia e provocou longas filas do lado de fora. Os trabalhadores pedem reforço no quadro e melhores condições para lidar com o fluxo diário de visitante.
A administração informou que pretende instalar 100 novas câmeras externas até 2026 e seguir adiante com melhorias internas, necessárias em um edifício histórico que convive com vazamentos, variações de temperatura e a pressão constante do turismo de massa. Além disso, uma galeria exclusiva para a Mona Lisa, está prevista para 2031.
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Mudanças em outros destinos
Além da França, outros destinos turísticos também anunciaram mudanças recentes para visitantes internacionais. Nos Estados Unidos, a partir de 2026, estrangeiros não residentes terão de pagar uma taxa extra de US$ 100 para entrar em 11 dos parques nacionais mais visitados, entre eles o Grand Canyon, Yellowstone e Yosemite. Saiba mais sobre a cobrança.
Fonte: viagemeturismo
