A prisão do ex-presidente, ocorrida no último sábado (22), gerou comemorações por parte de opositores do ex-mandatário. Em reação a esses episódios, defensores de Bolsonaro passaram a pedir a demissão dessas pessoas que trabalham para empregadores bolsonaristas.
“Se eu tivesse uma empresa e fosse contratar um funcionário, para começar eu não iria demitir nem um esquerdista porque eu não iria contratar nenhum. Eu não posso contratar uma pessoa que já entra na minha empresa sendo meu inimigo, meu adversário. Que é a doutrina que eles pregam”, disparou Cattani.
“Então eu não teria problema em demitir ninguém, porque eu não contrato ninguém com outro viés ideológico que não seja o meu”.
A declaração foi feita nesta quarta-feira (26) após ele ser questionado sobre as falas do prefeito Abílio Brunini (PL), que na última semana pediu que “guardem prints” de quem comemora a prisão do ex-mandatário nas redes sociais e sugeriu que empresários mandar funcionários embora “no momento do tropeço”
Questionado se essa atitude não fere a liberdade de expressão — um princípio frequentemente defendido pelos próprios grupos que criticam as demissões por motivos políticos — , o parlamentar argumentou que não, pelo simples fato de a empresa ser sua.
“A empresa é minha, eu que mando nela. Eu gastei dinheiro para investir nela. Eu construí ela com o meu suor e coloco nela quem eu quiser. Esse é o direito primordial de todo cidadão, de todo investidor”.
Ao ser perguntado se exigiria a declaração do espectro ideológico em currículos para a seleção de funcionários, Cattani negou, mas fez uma observação dizendo que contrataria apenas quem conhece
O deputado também foi questionado se considera parlamentares como o deputado Lúdio Cabral (PT), com quem costuma travar embates calorosos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), como inimigos. Ele afirmou que sim, justificando que a razão é a “ideologia” do colega.
“A ideologia dele sim. Ele como pessoa, eu iludo até se conversando, não tem problema nenhum, até o barranco, ou até com o próprio Bruno, quem quiser. Eles não são meus inimigos carnais, mas são meus inimigos ideológicos”.
Fonte: Olhar Direto






