Mato Grosso

Mendes questiona: Pensar errado é crime? Capítulo ruim para o país – Entenda!

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“Pensar errado é crime?”, questionou o governador Mauro Mendes (União) ao discordar de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados pelos atos anti-democráticos registrados em 8 de janeiro de 2023. Segundo o gestor, a ação não se configurou como uma tentativa de golpe de estado, momento em que também lamentou a prisão do “capitão”, ao que considerou um episódio triste na história do país.

Durante entrevista à imprensa nesta quarta-feira (26), durante a Expominério, no Centro de Eventos do Pantanal, o chefe do Executivo estadual, que enfrenta desgaste público com a família Bolsonaro, foi questionado sobre seu posicionamento diante das circunstâncias que levaram à prisão do líder do PL.

“Não vi tiro. Não vi tanque na rua. Não vi nenhum ato concreto. Pensar algo errado é crime? Pensar em fazer algo errado, alguém já foi condenado por isso no Brasil? Então eu fico assim me questionando e lamento profundamente que isso seja mais um capítulo ruim na história política do nosso país”, afirmou ao criticar a determinação de prisão do ex-presidente.

O governador reforçou que aqueles que depredaram os prédios dos Três Poderes devem responder pelos crimes cometidos, mas voltou a criticar a severidade das penas aplicadas por tais atos.

“Eu vi no dia 8 de janeiro, milhares de brasileiros revoltados, indignados, que cometeram crime sim porque vandalismo é crime, invadir patrimônio e depredar é crime e merecem uma pena. Discordo que seja de 14 a 16 anos, eu não vi aquelas pessoas, generais, praticando nenhum golpe”.

Na tarde de terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o início do cumprimento da pena de Bolsonaro, que deve ser executada na Superintendência da Polícia Federal. O ex-presidente estava em prisão domiciliar desde agosto, mas após tentar romper a tornozeleira eletrônica no sábado (22), teve a prisão preventiva decretada.

No fim da entrevista, Mendes voltou a lamentar o cenário político. “Eu lamento que Brasil mais uma vez viva esse capítulo de prisão de um presidente. Eu lamento profundamente que as crises institucionais, políticas têm dominado grande parte das tensões entre os atores que deviam estar mais preocupados com o país, com os problemas reais que aflijam o cidadão”, concluiu.


 

Fonte: leiagora

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