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Russell Crowe: O Lado Obscuro da Ficção Científica nos Anos 90 – A Busca pela IA Mais Sádica.

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Lembramos de pelo papel vencedor do Oscar como Maximus em , mas você sabia que ele já interpretou uma inteligência artificial? Estou falando de SID 6.7, o vilão interpretado de forma histriônica há 30 anos pelo ator em (1995), um thriller de ficção científica com elementos cyberpunk estrelado por que teve o azar de ser lançado, talvez, antes do previsto.

Antes de Gladiador, Russell Crowe interpretou a IA mais sádica dos anos 90

O filme de apresentava um antagonista fascinante: um programa de software de realidade virtual criado a partir dos padrões de pensamento de inúmeros assassinos em série e sociopatas. Por uma reviravolta do destino (ou talvez devido à manipulação que exerce sobre seu criador), o programa conseguiu saltar para o mundo real, deixando um rastro de morte após ser transferido para uma espécie de androide nanotecnológico, e forçando a libertação de um ex-policial condenado para detê-lo.

A ideia inicial por trás do SID 6.7 era oferecer um simulador de realidade virtual onde policiais de Los Angeles pudessem treinar e testar suas habilidades para capturar um criminoso sádico e extremamente inteligente, sempre um passo à frente deles. O problema? Você provavelmente já imagina: ele foi mais esperto que o programa e invadiu o sistema, ferindo fatalmente um dos participantes dos testes. Depois disso, decidiram encerrar o projeto, mas o programa conseguiu escapar para o mundo real.

Para completar a história, do lado dos mocinhos temos Parker Barnes (Denzel Washington), preso há algum tempo após matar acidentalmente um terrorista que havia assassinado sua família. Por que isso é importante? Uma das personalidades que compõem SID 6.7 é justamente a desse homem, então a missão de caçá-lo se torna profundamente pessoal.

Não foi o melhor thriller de ficção científica de sua geração

Poderíamos dizer que Assassino Virtual (1995) pertence a uma série de thrillers de ficção científica lançados na década de 90 que exploraram temas como realidade virtual e as ameaças da inteligência artificial. Um exemplo disso é O Passageiro do Futuro, também dirigido por Brett Leonard, ou (1999), (1999) e (1995). Poderíamos mencionar também (1995), embora seja evidente que foi (1999), das irmãs Wachowski, que prevaleceu e revolucionou o cinema de ação e ficção científica, nos presenteando com uma história que nos convida a refletir sobre o que é real e o que é artificial.

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Paramount Pictures

Assassino Virtual tinha como objetivo principal servir como um alerta simples sobre os perigos de se criar uma inteligência artificial tão poderosa, capaz de aprender com nossos movimentos e prever nossos próximos passos, e não complicou demais seu propósito. O resultado foi um filme bastante divertido, mas com uma dependência excessiva de chroma key que, com o tempo, lhe conferiu um estilo visual um tanto confuso no final, algo semelhante ao que aconteceu com o já mencionado Johnny Mnemonic (1995). Isso significa que é impossível assisti-lo hoje em dia? Não, mas é importante ter em mente que este não era exatamente o dos anos 90, e que 30 anos depois pode parecer bastante datado. Embora eu não acredite que esse seja o seu maior problema.

Com Assassino Virtual, muitos concordaram que era um thriller de ficção científica que tentou fazer demais, mas não conseguiu, falhando em cumprir qualquer uma de suas promessas. Isso resultou em um roteiro confuso, mas que, na sua época, conseguiu incutir em nós o medo do potencial descontrolado das ferramentas de inteligência artificial quando era apenas isso – um conceito de ficção científica. E, embora as opiniões dividam sobre isso, ver Russell Crowe em um papel de vilão tão caricato adiciona um apelo especial ao filme. E Denzel Washington é sempre sinônimo de qualidade.

Assassino Virtual (1995) foi um fracasso de crítica e público. Arrecadou pouco mais de US$ 37 milhões com um orçamento de US$ 30 milhões e, ao contrário de muitos outros filmes do gênero que fracassaram nos cinemas, não obteve nenhum reconhecimento com o tempo. Infelizmente, ele atualmente não está disponível para streaming.

Fonte: adorocinema

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