O governador Mauro Mendes (União) afirmou, durante o , que o chamamento dos 1.100 candidatos classificados no último concurso da Segurança Pública depende de planejamento técnico e financeiro, e não de decisões políticas. A cobrança pela convocação levou à criação de uma associação e ao ajuizamento de ações contra o Estado.
Questionado se ampliar o efetivo seria uma medida para reduzir a criminalidade em Mato Grosso – que aparece como o 7º estado mais violento do país no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 – Mauro disse que o aumento do quadro não é, por si só, garantia de melhora nos indicadores. “Hoje, não é gente demais que dá resultado. É usar tecnologia”, afirmou.
O governador citou investimentos recentes em monitoramento, câmeras e sistemas, além da ampliação de equipamentos para as forças policiais. “As nossas forças são uma das mais bem equipadas do país. É São Paulo e olha lá”, disse. Ele também mencionou melhorias nos presídios, classificando o sistema penitenciário de Mato Grosso como um dos mais estruturados do Brasil.
Segundo Mauro, a convocação depende de compatibilidade com o orçamento estadual. “Se eu coloco lá mil, dois mil, cinco mil, dez mil, posso chamar. Mas não vai ter dinheiro para fazer estrada, hospital, nada. Ou vai ter que aumentar imposto, e ninguém quer pagar mais”, declarou. Ele reforçou que o cadastro do concurso era reserva e que o Estado já chamou mais de 3.500 profissionais nos últimos anos. “Não temos obrigação de chamar ninguém.”
O governador também criticou a atuação de políticos que, segundo ele, utilizam o tema para buscar apoio. Sem citar nomes, fez referência indireta ao ex-governador Pedro Taques, cujo escritório representa classificados e também sindicatos que denunciaram suposta fraude nos consignados. “Tem político que, para ganhar um votinho, pega qualquer causa. Fica defendendo tudo, com o objetivo de enganar essas pessoas”, afirmou. “O governo não trabalha dessa forma. Vai trabalhar dentro de planejamento e resultado.”
Fonte: Olhar Direto






