Trabalhadores da maior fábrica de montagem de iPhones da China entraram em confronto com a polícia nesta quarta-feira, 23, de acordo com vídeos publicados em redes sociais.
As imagens mostram centenas de funcionários enfrentando policiais, muitos usando trajes brancos de proteção contra o coronavírus, no campus da Foxconn na cidade de Zhengzhou, no centro do país. Nas filmagens, é possível ouvir muitos manifestantes reclamando de seus salários e condições sanitárias.
+ https://twitter.com/i/status/1595456116619677699
Os vídeos aparecem pouco depois que a mídia estatal chinesa afirmou que mais de 100 mil chineses se inscreveram para vagas anunciadas anteriormente pela empresa. A Apple tem enfrentado problemas em sua cadeia de produção do iPhone 14, especialmente às vésperas de datas comemorativas de fim de ano, devido ao lockdown imposto pelo governo chinês para conter infecções por Covid-19.
No mês passado, filmagens de funcionários abandonando o complexo industrial a pé para fugir do bloqueio viralizaram nas redes sociais, o que levou a Foxconn a intensificar os esforços para compensar a lacuna de trabalhadores. Como forma de tentar manter os funcionários na ativa, a empresa disse que iria quadruplicar os bônus diários de novembro.
Nesta quarta-feira, no entanto, o grupo de manifestantes alegou que as promessas não foram cumpridas e que inúmeros contratos foram alterados sem aviso prévio. Em resposta, a montadora disse que o subsídio sempre foi cumprido com base na obrigação contratual depois e que não há irregularidades.
Além do fator financeiro, houve reclamações em relação à medidas sanitárias para conter a Covid-19. Funcionários disseram que pessoas infectadas pelo vírus foram obrigadas a continuar trabalhando com o restante dos funcionários.
+ Pequim fecha parques e museus após aumento de casos de Covid-19 na China
“Antes da chegada dos novos contratados, o ambiente do dormitório passa por procedimentos padrão de desinfecção, e somente depois que a premissa passa pela verificação do governo é que os novos funcionários podem entrar”, disse a Foxconn em comunicado, acrescentando que a empresa continuará se comunicando com os funcionários para evitar que novos episódios violentos ocorram.
A instalação em Zhengzhou é o maior local de montagem de iPhones do mundo e corresponde por até 60% da capacidade global de montagem do aparelho. No início deste mês, a Apple alertou que a situação na cidade traria um impacto aos clientes.
+ China registra primeiras mortes por Covid-19 em quase seis meses
“Agora esperamos remessas menores de iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max do que prevíamos anteriormente. Os clientes terão tempos de espera mais longos para receber seus novos produtos”, disse a gigante da tecnologia.
Essa é uma matéria fechada para assinantes. Se você já é assinante faça seu login no site para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.
Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.
Veja pelo melhor preço do ano!
Assinando um dos títulos Abril você também tem acesso aos conteúdos digitais de todos os outros*
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.
MELHOR
OFERTA
Digital Completo
Acesso digital ilimitado aos conteúdos dos sites e apps da Veja e de todas publicações Abril: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Placar, Superinteressante,
Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
a partir de R$ 1,00/semana **
(56% de desconto no pagamento único anual de R$52)
Impressa + Digital
Plano completo de VEJA. Acesso ilimitado aos conteúdos exclusivos em todos formatos: revista impressa, site com notícias 24h e revista digital no app (celular/tablet).
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Receba semanalmente VEJA impressa mais Acesso imediato às edições digitais no App.
*Acesso digital ilimitado aos sites e às edições das revistas digitais nos apps: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Placar, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH. **Pagamento único anual de R$52, equivalente à R$1 por semana.
Fonte: Veja