Durante entrevista à imprensa, Mendes foi questionado sobre a megaoperação no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 120 pessoas na semana passada. O governador destacou que, embora o avanço da criminalidade também seja uma realidade em Mato Grosso, o cenário local é mais controlado que o do estado fluminense.
“A condição do Rio de Janeiro é totalmente diferente de Mato Grosso. Lá tem facção, aqui tem facção. No Brasil inteiro tem facções. Entretanto, aqui não existe nenhum território do estado de Mato Grosso que a polícia não entra como lá não entrava. Lá foi feita uma megaoperação para poder entrar no bairro. Lá no Rio de Janeiro era um reduto de criminosos que ninguém entrava lá”, destacou.
Mauro chegou a elogiar e parabenizar o governador Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, pela ação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Defensor de leis mais severas para reduzir a criminalidade, ele ainda avalia incluir Mato Grosso no ‘Consórcio da Paz’ anunciado por governadores da direita.
Ao que comentou a ausência de apoio do governo federal na ação e o posicionamento da Polícia Federal, que foi contrária à operação. Ele reconheceu que a parte tática do enfrentamento ao crime, muitas vezes fica sob responsabilidade dos agentes civis, enquanto a PF atua com foco em investigações e inteligência.
“O governo federal atua muito pouco nesse combate no dia a dia. Polícia Federal é uma polícia importante, ela é técnica, ela é investigativa, mas não é uma polícia de confronto no dia a dia nas ruas. Não é esse o papel da Polícia Federal. Tirando isso, a Força Nacional de Segurança atua sob demanda, especificamente”.
A Polícia Federal (PF) foi informada sobre o planejamento da ação, mas avaliou que “não era razoável” que a instituição participasse. A informação é do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
Por fim, o governador ressaltou que os principais investimentos em segurança pública partem dos próprios estados, uma vez que os repasses federais são insuficientes.
“Quem faz a segurança pública nos estados são os governos estaduais, é a Polícia Civil, Polícia Militar, que é pago com o dinheiro dos contribuintes do estado de Mato Grosso e dos estados brasileiros”, finalizou.
Fonte: leiagora






