TCE-MT — Campanha de prevenção a queimadas (out/2025)
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**Os efeitos do aborto no câncer: por que as rosas guardam silêncio?**

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Segundo contam, depois que Cartola levou algumas mudas de rosas para sua esposa, um belo dia, ao abrir a porta pela manhã, Dona Zica percebeu que muitos botões haviam desabrochado. Deslumbrada com a beleza, ela questionou ao marido por que tinham nascido tantas delas, ao que o poeta respondeu: “não sei, Zica. As rosas não falam!”

Estamos no penúltimo dia do mês do chamado Outubro Rosa. Como sabemos, trata-se de uma campanha internacional que deveria conscientizar e compartilhar informações sobre o câncer de mama, mas que, infelizmente, vem omitindo graves alertas sobre a forte relação que há entre o aborto e esse tipo de câncer.

Em linhas gerais, durante a gravidez, o corpo da mulher passa por alterações bastante significativas, especialmente no desenvolvimento dos seios que se preparam para a amamentação. A interrupção da gestação pelo aborto paralisa o crescimento da mama que vinha sendo ocasionado pela divisão celular provocada pelo estrogênio e a anomalia decorrente da paralisação deste processo abre brecha para a possibilidade de se iniciar um câncer.

Há 10 anos, 28 estudos epidemiológicos foram publicados em diversos países do mundo, sendo que, em 21 deles, constatou-se um aumento significativo na ocorrência de câncer de mama em mulheres que se submeteram a um aborto.  

Sobre este tema, uma revisão sistemática e metanálise de artigos científicos foi publicada pela maior cirurgiã e pesquisadora especializada em câncer de mama dos Estados Unidos, dra. Angela Lanfranchi.

Outra metanálise feita na China, pelo dr. Yubei Huang e equipe, avaliou 36 pesquisas relacionadas ao assunto e foi publicada na revista “Cancer Causes and Control”. Neste estudo, apontou-se que, na média, a experiência do aborto aumenta em 44% o risco de desenvolvimento de câncer de mama e, quando a mulher se submeteu a dois abortos, o índice aumenta para 76% e, em três abortos, 89%.

Resta-lhes, então, a queixa de que o movimento apenas roubou a essência (perfume) das mulheres e não fala mais por elas

Há outros tantos estudos que, se fôssemos citá-los, tornaria a leitura deste artigo bastante cansativa. Entretanto, os índices, como se pode notar, são alarmantes e mais alarmante ainda é o silêncio dessas campanhas acerca dessas pesquisas, imposto por pressões políticas e comerciais, com a anuência do movimento feminista. Nos EUA, por exemplo, apenas oito estados têm leis que exigem que as mulheres sejam avisadas do risco de câncer de mama após o aborto.

Infelizmente, como vemos, as mulheres estão sozinhas. Os grupos que fingem protegê-las, na verdade, cumprem agendas que estão longe de atender o propósito de cuidado deste vulnerável grupo e suas especificidades.

As rosas de Cartola não falam. As campanhas do outubro rosa, tampouco.

Se ressignificássemos “As rosas não falam” para uma relação entre as mulheres e o movimento feminista, o  clima de melancolia e esperança frustrada que fez com que os versos do poeta marcassem a infelicidade da passagem do tempo – “Bate outra vez / Com esperanças o meu coração / Pois já vai terminando o verão / Enfim” – serviria para demonstrar que, após uma breve fase inicial do movimento em que realmente havia uma preocupação com as mulheres, hoje, tristemente, elas puderam constatar que o feminismo as abandonou, deixando-as na solidão: “Volto ao jardim / Com a certeza que devo chorar / Pois bem sei que não queres voltar / Para mim”.

Resta-lhes, então, a queixa de que o movimento apenas roubou a essência (perfume) das mulheres e não fala mais por elas: Queixo-me às rosas / Mas que bobagem / As rosas não falam / Simplesmente as rosas exalam / O perfume que roubam de ti, ai”

E, ao fim desta música com seu novo sentido, as mulheres estariam clamando para que o feminismo contemple a tristeza delas e volte a viver e sonhar seus sonhos e não os dos grandes interesses comerciais e políticos: “Devias vir / Para ver os meus olhos tristonhos / E quem sabe sonhavas meus sonhos / Por fim”.

Fonte: gazetadopovo

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