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Análise: Vampire Survivors é a grande surpresa de 2022

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Embora sua primeira versão tenha surgido em 2021, no formato de Acesso Antecipado, Vampire Survivors tomou o mundo dos games de assalto no final deste ano, quando finalmente saiu do Acesso Antecipado no Steam e chegou ao Game Pass, tanto no PC quanto nos consoles Xbox, vendendo milhões de cópias em poucas semanas.

O jogo de visual simples que, num primeiro olhar, parece uma homenagem aos clássicos Castlevania do passado, é na verdade uma combinação criativa e viciante de ‘bullet hell’ e roguelike, em que o jogador tem pouco controle sobre seu personagem: basicamente, você só anda pela tela. Os disparos são feitos em intervalos regulares e cada arma tem uma trajetória própria. É preciso vagar pelo mapa infinito, encarando (ou fugindo de) hordas crescentes de inimigos.

Sucesso na simplicidade

Do lado dos heróis, a seleção inicial inclui um caçador de vampiros armado com um chicote, uma maga com uma varinha e assim por diante. Não demora para o plantel aumentar, conforme o jogador explora os segredos e cumpre desafios nos vários mapas. Desde um guerreiro sem camisa equipado com duas armas até uma freira que empunha apenas sua fé e bombas de água benta, ou um senhor de idade indefeso, mas equipado com um punhado de alho forte o bastante para repelir as criaturas das trevas, não faltam opções carismáticas entre os muitos sprites de Vampire Survivors.

Do lado adversário a variedade de inimigos é imensa e mesmo depois de horas de jogo, ainda há surpresas entre as legiões vampirescas, que vão desde morcegos, zumbis e esqueletos até robôs, golens, serpentes feitas de ossos, leões de pedra, cavaleiros amaldiçoados, plantas carnívoras e chefões enormes e implacáveis, como a própria Morte. Eles se acumulam às dezenas ao redor do personagem do jogador. Matá-los não só impede que eles abatam o herói, mas também rende pontos de experiência e baús de tesouro com itens adicionais, assim como preciosas moedas de ouro. Essas moedas são usadas fora das partidas para liberar novos personagens e fortalecer atributos.

Conforme progride através de partidas rápidas e frenéticas, que levam de 5 minutos até mais de meia hora, Vampire Survivors vai se revelando não só um jogo viciante, que está sempre oferecendo um bom motivo para o jogador tentar mais uma vez, mas também um jogo complexo, com novos sistemas aparecendo aos poucos, evoluções para as armas e mais de uma centena de itens por descobrir e utilizar na luta eterna contra as hordas vampíricas.

O visual super charmoso e a trilha sonora ajudam a manter o jogador envolvido, principalmente quem é fã dos clássicos da Konami dos anos 1990. O gameplay, por sua vez, é bem mais acessível do que se pode imaginar ao pensar nos termos “bullet hell” e “roguelike” – como o jogador só anda e coleta itens, a progressão da dificuldade é menos punitiva, pois jogar melhor aqui envolve muito mais o raciocínio sobre que itens equipar, a estratégia adotada durante a partida, do que a pura habilidade e coordenação motora.

Considerações

Um dos melhores jogos do ano, Vampire Survivors é uma experiência que você precisa ter ainda em 2022. É um jogo muito barato e está disponível no Game Pass, tanto para PC quanto para Xbox – e dá até para jogar no celular, através da nuvem Xbox Cloud. Não há desculpas para nao embarcar nesta aventura, mas cuidado: o jogo é um legítimo devorador de horas e de produtividade.

Vampire Survivors está disponível para PC, Xbox One e Xbox Series X/S.

*Esta análise foi feita no Xbox Series X.

Fonte: terra.com.br/gameon

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