Via @ndmais | Um servidor público do Fórum de Lages, na Serra de SC, foi condenado a nove anos de prisão por um esquema de corrupção para priorizar mandados de busca e apreensão que interessavam a um grupo criminoso. O crime envolvia outros dois homens, condenados a mais de seis anos.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, o agente acessava o sistema do Poder Judiciário e escolhia as próprias demandas quando era nomeado Oficial de Justiça para auxiliar no Tribunal do Júri. Após isso, ele designava a si próprio para cumprir os mandados e informava falsamente que havia localizado o veículo em outras cidades.
A mentira fazia com que ele recebesse mais do Poder Judiciário, visto que, supostamente, teria percorrido distâncias maiores para realizar a busca e apreensão. A associação criminosa ocorreu em 2020.
Após uma ampla investigação, os três homens envolvidos no esquema foram presos, em agosto de 2022, e viraram réus por diversos crimes.
Servidor do Fórum de Lages vai cumprir pena em regime semiaberto
Nesta semana, o servidor público foi condenado a sete anos, seis meses e 20 dias de reclusão pelos crimes de associação criminosa, corrupção passiva e falsidade ideológica. A sentença também definiu pena de um ano, cinco meses e dez dias de detenção por violação de sigilo funcional e corrupção privilegiada.
A pena completa do servidor chega a nove anos e será cumprida em regime semiaberto. A sentença também determina a perda da função pública. A decisão cabe recurso.
“A sociedade precisa ter a certeza de que o serviço público não é um espaço para negociatas, mas um compromisso com a legalidade e com o cidadão”, destacou o autor da denúncia, promotor de Justiça Jean Pierre Campos.
Para os outros dois homens, que prestavam serviços para instituições financeiras, a pena foi de cinco anos, cinco meses e dez dias de reclusão pelos crimes de associação criminosa e corrupção ativa, além de dez meses de detenção por violação de sigilo funcional. A sentença integral chega a seis anos, três meses e dez dias.
Kauê Alberguini
Fonte: @ndmais







