“Você já tem uma flexibilização. Então, quem está no Cadastro Único pode ter um emprego e manter um valor menor do auxílio do governo. Já está havendo uma flexibilização para estimular as pessoas a poderem ter emprego, com carteira assinada, e todos os direitos que a lei estabelece”, afirmou Alckmin ao ser questionado sobre o tema.
O posicionamento contrasta com declarações anteriores de autoridades estaduais. Em 2024, o governador Mauro Mendes (União) relacionou a escassez de trabalhadores a programas de transferência de renda. “Sobra programa de amparo social, programas de proteção social e falta gente para trabalhar. Paradoxo, que coisa estranha nós vivemos em nosso país. Isso é fruto de políticas públicas equivocadas. Pronto, falei”, disse à época.
Na mesma linha, o deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou recentemente que o Estado enfrenta carência de mão de obra e atribuiu o problema à dependência de benefícios sociais. “O cidadão trabalha dois dias no máximo e já pede para sair porque está recebendo bolsa, porque a mulher está recebendo bolsa”, declarou.
O Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do país, beneficia atualmente cerca de 21 milhões de famílias. O programa permite que trabalhadores formais permaneçam no Cadastro Único e continuem recebendo o auxílio de forma reduzida, caso a renda per capita da família não ultrapasse o limite de enquadramento. O objetivo da regra, de acordo com o governo, é incentivar a inserção no mercado de trabalho sem que o beneficiário perca imediatamente o direito ao benefício.
Fonte: Olhar Direto






